Esta é uma pesquisa com e sobre bebês que vivem com suas famílias, ligadas a um movimento social de luta por moradia, no centro da cidade de São Paulo. Seu principal objetivo foi compreender a produção do espaço da Ocupação pelos bebês. Para isso, o ponto de partida foi a definição de Henri Lefebvre (2010) de que o espaço é obra e produto das relações humanas, dentre as quais incluo aquelas que ocorrem entre e a partir dos bebês. A produção dos dados ocorreu por meio da análise de fontes documentais, como legislações, fotografias e mapas, e de etnografia, com foco em quatro ( 4) bebês e suas famílias. O olhar detido às relações, práticas e representações possibilitou identificar a produção do espaço pelos bebês que ocorre por meio de agenciamento e por brechas no cotidiano programado. Além disso, foi possível reconhecer como eles, a seu modo, participam da luta, pela moradia e além dela.