O ensaio discute o tema identidade e Deficiência a partir de uma revisão crítica dos conceitos de exclusão e deficiente, fundamentando uma reflexão sobre perspectivas de identidades emancipatórias de pessoas que possuem deficiência frente às incongruências sociais. Considera o contexto de exclusão vivido pelos indivíduos com deficiência, bem como a inépcia na implantação da educação inclusiva decorrente das estruturas das instituições de ensino, e fundamentalmente do preconceito. Assim, o debate se debruça sobre os nexos entre os processos identitários de pessoas com deficiências, a imposição dos papéis sociais e a difícil construção da identidade na exclusão, assim como as condições e possibilidades de humanização no mundo contemporâneo. Identidade é discutida no contexto dos conflitos sociais originários de concepções hegemônicas sobre normalidade, assim como, pela intolerância ao diferente. A sustentação teórica de identidade se encontra nas concepções de Habermas e no conceito do sintagma identidade-metamorfose-emancipação desenvolvido por Ciampa. Coloca-se assim em debate que as possibilidades de identidades em emancipação e o direito do deficiente implicam em lutas sociais pela dignidade humana, pela igualdade de diretos, e pelo reconhecimento da diversidade de modos de vida e das muitas formas de estar no mundo.