A Dança Da Natureza E a Ruína Da Alma:geografia E Literatura – Uma Leitura Possível

Abstract

A partir de uma interpretação integrada entre geografia e literatura estabeleceu-se uma análise dos poemas "A oração do Milho" e o "A minha cidade", de Cora Coralina. A análise feita baseou-se em dois pressupostos: o de que a voz literária pode enriquecer a ação científica; e o de que componentes como a intuição, a emoção e a sensibilidade podem contribuir com a teoria do conhecimento que deseja romper as dualidades entre subjetividade e natureza, espaço e sujeito etc. Os poemas interpretados revelam, no contexto de que fazem referência, a densidade econômica, antropológica, cultural e geográfica do lugar, clareando impasses e tendências da geografia do sertão. Résumé D'une interprétation intégrée entre la géographie et la littérature c'était analyse établie des poésies "La Prière du Maïs" et "Ma Ville", de Cora Coralina. L'analyse faite a été basée sur deux estimée : de celle la voix littéraire peut enrichir l'action scientifique ; et de cela les composants en tant que l'intuition, l'émotion et sensibilité peuvent contribuer avec la théorie de la connaissance qu'elle désire ouvrir une brèche les dualidades entre la subjectivité et la nature, de l'espace et du citoyen etc. Les poésies interprétées révèlent dans le contexte de cela qu'elles font la référence, densité économique, anthropologique, culturelle et géographique de l'endroit, énclairant impasse et tendances de la géographie de l'hinterland.

Serviços ecossistêmicos prestados pelas áreas úmidas do sistema estuarino Galinhos-Guamaré (RN), Nordeste do Brasil

“…Neste sentido, e atento ao diálogo entre ciência e arte, Chaveiro (2007) demonstra que a geografi a mundial e a brasileira têm produzido experiências práticas que fortalecem as possibilidades de confl uência entre geografi a e literatura. "Mais precisamente, tem descoberto que as categorias de análise da geografi a e o seu objeto de estudo, encontram-se pautados nas narrativas literárias, em diferentes gêneros e espécies de poesia, na pintura, no cinema e, inclusive, nas charges" (Chaveiro, 2007, p. 175).…”

A metáfora combatente: Interpretação literogeográfica da mineração no poema “O maior trem do mundo”, de Drummond

“…Neste sentido, e atento ao diálogo entre ciência e arte, Chaveiro (2007) demonstra que a geografia mundial e a brasileira têm produzido experiências práticas que fortalecem as possibilidades de confluência entre geografia e literatura. "Mais precisamente, tem descoberto que as categorias de análise da geografia e o seu objeto de estudo, encontram-se pautados nas narrativas literárias, em diferentes gêneros e espécies de poesia, na pintura, no cinema e, inclusive, nas charges" (Chaveiro, 2007, p. 175).…”

“…"Mais precisamente, tem descoberto que as categorias de análise da geografia e o seu objeto de estudo, encontram-se pautados nas narrativas literárias, em diferentes gêneros e espécies de poesia, na pintura, no cinema e, inclusive, nas charges" (Chaveiro, 2007, p. 175). Dado isso, defende-se a importância da literatura para "o pensar e o ser em geografia" (Moreira, 2015), como demonstra as distintas pesquisas de Chaveiro (2007;, Almeida (1998), Suzuki (2008), Marandola Jr. e Gratão (2010) e Amorim Filho (2006). Essas pesquisas revelam que com o apoio do texto literário o geógrafo aprofunda a sua leitura da realidade, ultrapassa as camadas superficiais que obliteram a visão dos acontecimentos históricos que povoam o território.…”

As Paisagens De Bernardo Élis Na Obra Veranico De Janeiro1

“…Portanto, como ponderam Said e Barenboim (2003, p. 123), "pode-se falar sobre texto e sobre estabelecer um texto", de tal modo que para fazermos a leitura geográfica da obra "Veranico de Janeiro" lançaremos um olhar, não somente junto ao texto em si, mas, também, acerca da trajetória socioespacial do autor, pois acreditamos que esta influencia nos processos criativos do mesmo. Assim como Cora Coralina para Chaveiro (2007) que desejamos aqui fugir de uma leitura estritamente realista e segura da obra de Bernardo Élis. Buscamos, por outro lado, entender a obra "Veranico de Janeiro" não como uma representação verossímil da realidade, mas, sim, como uma representação em que o literato reconstrói e questiona a própria realidade que aborda.…”