Introdução: A conjuntura laboral é considerada indispensável ao seguimento social, entretanto, há que se considerar a incongruência entre sua importância e as alterações psíquicas que pode ocasionar aos trabalhadores. Objetivos: Verificar a presença da síndrome de burnout em trabalhadores da Atenção Primária à Saúde de um município do interior do estado de São Paulo e verificar sua associação com os dados sociodemográficos e laborais destes trabalhadores. Métodos: Estudo exploratório, transversal e quantitativo, direcionado a 74 trabalhadores e desenvolvido de julho a outubro de 2020. Para a coleta de dados, utilizouse instrumento para caracterização sociodemográfica e laboral e, para mensuração da síndrome, o Oldenburg Burnout Inventory, já validado no Brasil. Foram realizadas estatísticas descritivas, frequência, percentual, medidas de tendência central e dispersão; utilizou-se o Teste Exato de Fisher para verificar a associação entre as variáveis estudadas e a síndrome de burnout, considerando o nível de significância p < 0,05. Os dados obtidos foram discutidos mediante a literatura existente. Resultados: Dentre os participantes, 20,3% não apresentaram alterações; 18,9% apresentaram distanciamento; 16,2% apresentaram exaustão e 44,6% síndrome de burnout. Houve significância estatística para a variável unidade de trabalho (p < 0,014). Conclusões: Estudar a saúde mental laboral na Atenção Primária à Saúde tem importância, uma vez que há constante exposição a situações de riscos psicossociais nos cenários sociais e suas instabilidades. O conhecimento das condições possibilita ações de intervenção nos ambientes e viabiliza o enfrentamento dos problemas. Palavras-chave: esgotamento profissional. saúde do trabalhador. atenção primária à saúde.