A cópia, a moda e a propriedade industrial

Abstract

Este estudo tem por objetivo problematizar a consolidação da propriedade industrial relativamente ao desenvolvimento histórico da Moda. Para tanto, por meio de uma pesquisa bibliográfica, caracterizo a condição da cópia não autorizada como um reflexo para que se possa compreender uma cultura que divide, a partir de uma construção simbólica, a diferença entre produtos considerados adequados a comercializar e consumir. A caracterização da cópia constrói-se perante uma censura de cunho social, consolidada pela cultura, pela legislação e pela força do mercado. O texto faz parte de uma investigação que foi vinculada ao doutoramento em Estudos Contemporâneos da Universidade de Coimbra.

Sociedade gordofóbica

“…Surge a respeito das temáticas concernentes à gorda o empoderamento que diz respeito a passar a sentir-se superior, ao enxergar que a padronização somente busca a geração de lucro: "gostar de como você é (e não de como a sociedade gostaria que você fosse) é emancipar-se" (JIMENEZ, 2020, p. 187). Tal emancipação deve ser preenchida nos discursos da moda a partir dos questionamentos que evoquem a censura e o reconhecimento, considerando as narrativas pessoais (LOPES, 2020), por meio da imprevisibilidade da moda (MESQUITA, 2000(MESQUITA, , 2010LOPES, 2014LOPES, , 2017LOPES, , 2019aLOPES, , 2019bLOPES, , 2021, discursos contemporâneos que fomentem espaço para uma trajetória que, se não extermine, porém, ao menos, minimize o preconceito à gorda, ao perceber o potencial do consumo para esse público como uma vivência de prazer (PINHEIRO; MATOS; LOPES, 2014) e deleite.…”