O relato experiência de intervenção colaborativa como possibilidade para construção de discursos alternativos sobre adolescentes e sexualidades constitui o objetivo do presente artigo. Trata-se de pesquisa-ação colaborativa envolvendo: passos de construção da intervenção; organização e desenvolvimento do grupo; entrevistas de avaliação. O processo de produção de sentidos foi registrado por notas de campo, áudio do grupo e entrevistas, sensibilizado pelas Práticas Colaborativas. Envolveu oito adolescentes, nove profissionais e pesquisadoras, em ambos planejamento e desenvolvimento. O grupo propriamente dito compreendeu sete encontros e seguiu as temáticas eleitas conjuntamente: gênero e sexualidade; puberdade; métodos contraceptivos; sexualidade na adolescência; parentalidade/maternidade na adolescência; álcool e outras drogas; escolhas e repercussões. Narramos relação como pesquisadoras participantes e destacamos a participação de três adolescentes no grupo. Evidenciamos o agir colaborativo e a singularidade das pessoas, evitando rotulações, portanto a potência das práticas colaborativas para atitudes democráticas na construção e manejo do grupo, favorecendo conversas sobre sexualidade na adolescência.