Exceto onde especificado diferentemente, a matéria publicada neste periódico é licenciada sob forma de uma licença Creative Commons -Atribuição 4. RESUMO: Na época atual, a linguagem não verbal vem ganhando espaço e sendo explorada por seu caráter pedagógico em sala de aula. Neste artigo, é possível observar que, enquanto a linguagem do cinema utiliza recursos de som e imagem, a linguagem da literatura induz o leitor a imaginar o que se passa além das palavras a partir de sua experiência pessoal. Nesse sentido, foi realizada uma oficina de processos de leitura e escrita, em um curso de graduação de licenciatura em letras, baseada em trechos da versão escrita (LOWRY, 2014) e da versão fílmica (NOYCE, 2014) da obra O Doador de Memórias (The Giver, 1983). A oficina teve como objetivos promover a interação e a reflexão sobre a leitura de sentidos de palavras em diferentes contextos e suportes, bem como o estímulo da produção escrita espontânea e criativa, a apresentação de múltiplas visões dos alunos e a colocação deles como sujeitos no processo. Como fator instigante, a obra ficcional utilizada apresentava características do fantástico. O artigo encontra embasamento para interação e contextualização em Bakhtin, Garcez, Scnheuwly, Rodrigues; Cerutti-Rizatti e Kleiman, o conceito de fantástico em Todorov e a relação entre obras fílmicas e literárias em Bourdieu, Fabris e Duarte.Palavras-chave: Escrita; Leitura; Literatura; Cinema; Fantástico ABSTRACT: Nowadays, non-verbal language has been gaining space and being explored for its pedagogical character in classrooms. In this article, it is possible to observe that whereas filmic language uses resources such as sound and image, literary language induces the readers to imagine what goes beyond words from their personal experiences. In this sense, a workshop on reading and writing processes was conducted in an undergraduate program of English and literature, based on excerpts of the written version (LOWRY, 2014) and on the filmic version (NOYCE, 2014) of The Giver (1983). The workshop aimed to promote interaction and reflection about the reading of word senses in diferente contexts and supports, as well as encouraging spontaneous creative writing, presenting the multiple views of students and placing them as subjects in the process. As an instigating factor, the ficcional work used had some characteristics of the fantastic. The article finds the theoretical basis for interaction and contextualization in Bakhtin, Garcez, Scnheuwly, Rodrigues; Cerutti-Rizatti and Kleiman, the concept of fantastic in Todorov and the relation among the filmic and literary works in Bourdieu, Fabris, and Duarte.