Introdução: a violência obstétrica (VO) é resultado da negligência humanitária, da discriminação social, do abuso físico, verbal e psicológico, bem como do uso de tecnologia para induzir o parto, procedimentos e comportamentos que interferem na integração do parto natural. Ademais, esse tipo de tratamento desumano demonstra-se por meio de comentários irônicos ou desqualificantes. Objetivo: Realizar uma revisão integrativa de literatura sobre a violência obstétrica no Brasil, a fim de compreender a percepção das mulheres quanto ao tema abordado. Metodologia: Foram selecionados os artigos publicados entre 2015 e 2024, que estiveram disponíveis de forma integral. As bases de dados utilizadas foram: Scielo, Pubmed e Lilacs, por meio dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS), sendo eles Violência Obstétrica, Saúde da Mulher e Violência contra a Mulher. Resultados: Obtiveram-se 324 artigos, que foram submetidos à aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, resultando em 137 artigos. Após a leitura dos títulos, análise dos resumos e exclusão dos duplicados, foram selecionados 63 artigos. Posteriormente, com base na leitura mais aprofundada desses textos, elegeu-se 16 artigos. Discussão: Tornou-se claro que além do sofrimento, do medo, da dor, da falta de privacidade e do conhecimento a cerca da VO, estas mulheres ainda são afetadas, a partir das suas experiências ruins, na criação do vínculo com os seus filhos Conclusão: Compreendeu-se que a VO é frequentemente subestimada ou até mesmo não reconhecida pelas mulheres que a vivenciam devido a uma cultura arraigada de aceitação do sofrimento durante o parto.