“…Se do processo de formação do músico e do processo de feitura do seu primeiro disco participaram a escuta de Tom Jobim, Caetano Veloso, Rogério Duprat, Paulinho da Viola, Cartola, Dave Brubeck, dentre outros músicos, bem como a leitura de Balanço da bossa, dentre outros livros, e ainda a intenção de fazer uma banda de rock tocar composições com recursos originados na música erudita, então, é preciso concordar que Arrigo Barnabé não atuava, por um lado, de forma marginal "ao sistema fonográfico-cultural", mas de forma marginal dentro dele (KRAUSHE, 1986). Por outro lado, se esses dois processos -o de formação do músico e o de feitura do LP Clara Crocodilo -demandaram tanto tempo, atravessando a década de 1970, então, também é preciso concordar que Arrigo Barnabé atuava, sim, à margem desse sistema fonográfico-cultural.…”