A Biotecnologia Em Livros Didáticos De Biologia Do Ensino Médio: Ensaio De Uma Proposta Metodológica

Abstract

ResumoEm busca de informações sobre a abordagem do tema Biotecnologia no Ensino de Biologia, iniciamos nossa pesquisa através da análise de livros didáticos. Aqui traçamos como objetivo analisar o espaço da abordagem do tema Biotecnologia em livros didáticos de Biologia aprovados pelo PNLD de 2015 de mesma autora para cada ano do Ensino Médio. Em razão da abrangência que envolve nosso tema de análise, optamos por estruturar nossa fundamentação teórica focando na história e impactos da Biotecnologia para melhor situarmos o tema e sua importância para a formação em Biologia na Educação Básica. A natureza de nossa pesquisa é do tipo quantitativaqualitativo de cunho descritivo interpretativo, que teve como instrumento de pesquisa uma ficha de análise elaborada em Excel 2010 para auxiliar no momento da avaliação em termos de: formas de apresentação, ocorrência por área de estudo da Biologia, temas e exemplos abordados e temas em potencial. Em termos de resultados, podemos afirmar que para cada ano do Ensino Médio, os temas e exemplos biotecnológicos relacionados ao paradigma clássico são mais explorados nos dois primeiros volumes da coleção, ao passo que o paradigma moderno da Biotecnologia, que envolve manipulação gênica, faz-se presente no último volume, em especial devido à presença do conteúdo Biologia Molecular. Além disso, percebe-se que há possibilidades para explorar temas da Biotecnologia em todos os anos do Ensino Médio. Desta forma, a coleção aqui analisada apresenta, apesar de defender uma concepção ampla de Biotecnologia, concentra este tipo de informação no último volume como parte de um capítulo do bloco de Biologia Molecular. O que nos leva a concluir que, no tocante à Biotecnologia, os livros didáticos dão muito enfoque a Biotecnologia Moderna.Palavras-Chave: Ensino de Biologia, Ensino de Biotecnologia, transposição didática. IntroduçãoNa atualidade, o papel do professor passa a ser compreendido como mediador da aprendizagem ao articular os conteúdos a serem ensinados presentes tanto no livro didático (LD) como em outras fontes de informações (artigos científicos e jornalísticos, por exemplo), objetivando a apropriação desse saber pelo aluno, tal processo faz parte de um todo maior conhecido como transposição didática (CHEVALLARD, 1991), que objetiva dá uma "nova cara" aos saberes científicos a serem utilizados pelas instituições de ensino, como é o caso das escolas.