2. Professor de gestão e políticas públicas na Fundação Getulio Vargas (FGV). Uma Viagem Redonda: por que ainda discutimos o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 25 anos depois? Uma Viagem Redonda: por que ainda discutimos o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 25 anos depois? Uma Viagem Redonda: por que ainda discutimos o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 25 anos depois? | 17 Uma Viagem Redonda: por que ainda discutimos o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado 25 anos depois? | 19 política, é o desafio do Estado contemporâneo, como tem argumentado a literatura da governança pública (Peters e Pierre, 2016). Em outras palavras, white papers devem trazer orientações abertas ao debate público e à customização setorial e nas políticas públicas.Para fugir da visão maximalista de reformas, é preciso, como segunda caracterização, pensar o reformismo como uma obra em construção também no plano das ideias. Isso exige atuar mais na sua dimensão formativa com os profissionais e outros stakeholders, bem como na discussão acadêmica sobre as reformas. Nesse sentido, o plano diretor foi extremamente bem-sucedido. O impulso gerado por ele no crescimento da literatura e nos congressos da área foi muito grande, incluindo aí, como já dito, o efeito que a liderança de Bresser teve no plano regional com sua ação em prol da reconstrução do CLAD. O que se vê neste livro é o amadurecimento da reflexão sobre o tema no Brasil, com vários autores que são, concordando ou não, herdeiros do debate do plano diretor, como bem exemplificam os próprios organizadores do livro. REFERÊNCIAS ABRUCIO, F. L. Os avanços e os dilemas do modelo pós-burocrático: a reforma da administração pública à luz da experiência internacional recente.