A Antropologia Forense é o ramo da Antropologia Física que lida com as perícias criminais de ossadas e de cadáveres carbonizados ou em estado avançado de decomposição. A estimativa do sexo é uma etapa essencial para identificar indivíduos desconhecidos e geralmente depende da presença de ossos altamente dimórficos, como a pelve e o crânio. Na ausência do crânio e da pelve, o úmero pode ser utilizado para a estimativa do sexo, pois é um osso favorecido pela preservação. O objetivo do nosso trabalho foi realizar um estudo osteométrico em úmeros secos de adultos pertencentes a indivíduos da região nordeste do Brasil e relacionar os resultados com o sexo. Para isto utilizamos uma amostra de 150 úmeros, sendo 95 do sexo masculino e 55 do sexo feminino, todos pertencentes ao Centro de Antropologia Forense da FAP-Araripina. Foram realizadas três medidas lineares nos úmeros: largura epicondilar e largura da tróclea, estas com auxílio de um paquímetro digital de precisão da marca Vonder. A outra medida foi o comprimento total do úmero, nesta utilizamos uma tábua osteométrica de Broca. De acordo com os nossos resultados, as três medidas se apresentaram com médias, valor máximo e mínimo maiores no sexo masculino, estando de acordo com a literatura. Esperamos que mais estudos em nossa população sejam realizados, principalmente em diferentes regiões, devido à grande área territorial do Brasil e a grande miscigenação existente em nosso país.