A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, responsável por diversas morbidades, sendo a cirurgia bariátrica uma alternativa eficiente para a perda de peso. Cerca de 20% a 25% dos pacientes, mesmo perdendo peso após o procedimento, tendem a apresentar reganho de peso após o segundo ano. Este estudo teve como objetivo central analisar a evolução da composição corporal segmentar em bariátricos com reganho de peso e submetidos à terapêutica farmacológica com liraglutida. Trata-se de um estudo retrospectivo, longitudinal, por meio de análise de dados em prontuário de uma instituição especializada em terapêutica clínica e cirúrgica da obesidade. A amostra foi composta por 22 pacientes bariátricos atendidos entre janeiro de 2016 a dezembro de 2019. Foram coletados dados antropométricos de impedanciometria segmentar, bem como dados da evolução clínica referente ao tratamento proposto. Em ambas as doses, a perda de massa se mostrou relevante em todos os segmentos, apontando significância. O IMC reduziu 9,3% em todos os pacientes nas 24 semanas analisadas. Com 2,4mg/dia de liraglutida, houve perda de 7,2% do peso e, com dose de 3,0mg/dia, esta perda foi de 9,84%. Considerando ambas as doses, a perda de peso geral foi de 9,2%. As porcentagens de diferenças médias de gordura foram similares entre o tronco e os membros. Com relação à massa magra, embora não houve significância estatística, encontrou-se uma significância clínica de proteção.