Tuberculose na população privada de liberdade do Brasil, 2007-2013*

Abstract

TB in the imprisoned population presents some specific characteristics and higher occurrence than in the general population; the highest prevalence in women and the highest incidence at the end of the study period stood out.

Fatores associados à cura e ao abandono do tratamento da tuberculose na população privada de liberdade

“…The predominant form of TB was pulmonary, followed by extrapulmonary, which was similar to a study conducted in 2017 that evaluated the incidence of TB in IP in the country 10 . The predominance of pulmonary TB in IP is concerning, since the bacillus is transmitted through the air, and overcrowding conditions, poor ventilation and lighting in prison units favor the spread of the disease.…”

“…However, this type of data source becomes important, especially when working on a topic as complex as TB in the IP. Secondary data, if well analyzed, has advantages, mainly due to its high coverage and low cost 10 .…”

“…For management, the proportion indicators that show an end to TB cases such as recovery, abandonment, and death reflect on the effectiveness of programs and treatment. It must be reinforced that, in order to achieve the established goals, it is necessary to get to know the IP, in order to guarantee visibility for the planning of effective measures so that, finally, a positive impact can be obtained with the general indicators 10,11 .…”

Oferta de ações e serviços de saúde às pessoas privadas de liberdade que vivem com HIV em unidades prisionais de dois municípios do interior paulista

“…Considerando a magnitude da tuberculose (TB) no cenário das prisões brasileiras, cuja prevalência é até 28 vezes superiores em relação à população geral, e o impacto da doença na vida das PVHA, sendo a principal causa de mortalidade (NAVARRO et al, 2016;VALENÇA et al, 2016;STRUCHINER, 2017), cumpre destacar que a oferta de exames para a TB, na presença de tosse, foi classificada de forma satisfatória pelos sujeitos de pesquisa, expressando os esforços empreendidos para o diagnóstico, tratamento e controle da doença nas unidades prisionais, no entanto, as ações envolvendo a educação em saúde sobre a doença foram classificadas de forma regular.…”

“…Ao se ponderar sobre as causas da endemicidade da TB nas prisões brasileiras, embora seja sabido que as vulnerabilidades individuais e sociais circundantes na vida dos apenados antes do encarceramento, oriundos predominantemente das periferias com alta densidade populacional, permeadas por precárias condições sanitárias e de acesso aos serviços de saúde, contribuem para aumentar as chances de infecção pela TB, há que destacar como elemento decisivo para a transmissão e manutenção da doença as precárias condições das prisões superlotadas, a qualidade da alimentação e a circulação e uso de drogas (VALENÇA et al, 2016;STRUCHINER, 2017), sendo essencial a implementação de ações para o controle da doença no âmbito prisional com busca ativa sistemática dos sintomáticos respiratórios e a realização do tratamento diretamente supervisionado.…”