RESUMOO presente estudo teve como objetivo verificar o impacto de um programa de atividade física no desenvolvimento motor de crianças em situação de vulnerabilidade social.Caracterizou-se como uma pesquisa quase experimental, de cunho quantitativo, qualitativo e comparativo. A mesma foi realizada com 17 crianças de ambos os sexos, com idade entre sete e dez anos. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se o TGMD-2 (Test of Gross Motor Development-II), sendo este aplicado antes e depois de um programa de atividades físicas, no qual trabalharam-se as doze habilidades motoras fundamentais avaliadas. O programa teve duração de três meses, com intervenções de 60 minutos por dia, três vezes por semana. Após a coleta de dados, foi avaliado o material capturado no teste, os vídeos foram reproduzidos pelo programa Windows Media Player, analisados por meio de um escore que avalia separadamente cada habilidade, seguindo o protocolo e os critérios de desempenho das habilidades motoras do TGMD 2. Os resultados mostraram que no Pré teste, 100% das crianças estavam com escores "muito pobre", enquanto que no Pós 41,2% classificou-se como "pobre", 5,9% como "abaixo da média" e 52,9% permaneceu "muito pobre". Além disso, no Pré teste ambos os sexos apresentaram a classificação "muito pobre", mas no Pós as meninas passaram para "abaixo da média" e os meninos mantiveram "muito pobre" a "pobre". Por fim, no que se refere a divisão por faixa etária, as crianças com 7 anos obtiveram uma melhora de 22,34%, as de 8 anos um avanço de 25,8%, e as de 9 anos de 37,33%. Nessa perspectiva, é possível afirmar que um programa motor contínuo e bem estruturado pode contribuir positivamente para o desenvolvimento motor de crianças.