Formalismo e Logicismo na recepção da filosofia kantiana:

Abstract

Pensamos que apesar de Kant inaugurar sua filosofia crítica tratando das condições de possibilidade formais para resolução de problemas (filosofia crítica), ele avança na década de 1790 em direção a estabelecer a antropologia como finalidade da sua filosofia. Considerando isso, o objetivo deste escrito é mostrar que a recepção da filosofia kantiana nos séculos XIX e XX foi logicista e formalista, ressaltando bem mais sua base transcendental que pragmática (em sentido kantiano). Desse modo, o retorno a Kant, promovido pelo Neokantismo, contribuiu para o esquecimento e não tematização da centralidade da sua antropologia, pois se voltou às condições de possibilidade para a consolidação das ciências na segunda metade do século XIX e legou ao kantismo do século XX modelos interpretativos de viés logicista a analítico, deixando de lado qualquer reflexão profunda sobre a parte empírica de sua filosofia, posto considerá-la impura. Também pontuaremos que a própria ciência etnográfica desconsidera qualquer herança de Kant em sua constituição. No final, provaremos estatisticamente, por meio da análise do centenário histórico da revista Kant Studien que houve um baixíssimo volume de textos sobre temas pragmáticos. A antropologia de Kant foi esquecida pela fortuna crítica, quando deveria ter sido posta como central.

Ethical guidelines for the allocation of scarce intensive care units during the COVID‐19 pandemic: Discussing a Brazilian proposal

“…1,2 Subsequent versions of the same proposal were then published in one academic journal 3 and as chapters in three different books. [4][5][6] Our intention, as explained in Section 2, was to promote a public debate on this topic in Brazil. In Section 3, we compare our own proposal with similar ones, particularly with two proposals put forward by the Brazilian Critical Care Association.…”

“…Our proposal was originally published online at the inception of the COVID‐19 pandemic in two Brazilian newspapers of wide readership 1,2 . Subsequent versions of the same proposal were then published in one academic journal 3 and as chapters in three different books 4–6 . Our intention, as explained in Section 2, was to promote a public debate on this topic in Brazil.…”