“…Evidências pré-clínicas obtidas em modelos animais de conflito, nos quais o comportamento operante é simultaneamente mantido por um reforço positivo e suprimido por um estímulo aversivo, apontaram para o papel ansiogênico da 5-HT(GELLER;BLUM, 1970;SCHOENFELD, 1970;ROBICHAUD;SLEDGE, 1969). Somados a estas evidências, estudos farmacológicos mostraram que a 5-HT promovia um aumento nos níveis de ansiedade devido sua ação em substratos neurais como o complexo amigdaloide (HODGES; GREEN;GLENN, 1987;PETERSEN; SCHEEL-KRUGER, 1984).Todavia, utilizando o modelo animal de estimulação elétrica da substância cinzenta periaquedutal dorsal (SCPD), caracterizado por induzir a resposta defensiva de fuga, apontava para o papel ansiolítico da 5-HT (KISER;LEBOVITZ, 1975;SANFORD KISER;GERMAN, 1978;SCHENBERG;GRAEFF, 1978;SCHÜTZ;DE AGUIAR;GRAEFF, 1985) Diante desta e de outras evidências aparentemente contraditórias sobre o envolvimento da serotonina na mediação de comportamentos defensivos associados à ansiedade e ao pânico (para uma revisão abrangente, ver(GRAEFF, 2002), Deakin e Graeff(1991)propuseram a chamada teoria do papel dual da serotonina na ansiedade. No cerne desta teoria está o núcleo dorsal da rafe (NDR).…”