Tendência de atendimentos por causas externas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

Abstract

Conflitos de interesse: nada a declarar. ResumoObjetivo: Analisar tendência e os impactos causados pela regionalização nos atendimentos de emergência por causas externas efetuados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), antes, durante e depois do processo de regionalização.Métodos: Estudo ecológico de tendência dos atendimentos do SAMU. Os períodos foram separados em 2010 a 2012 (pré-regionalização), 2013 a 2015 (transição) e 2016 a 2018 (consolidação). Foram coletadas as variáveis causas do atendimento, dia da semana, horário, local da ocorrência, recurso encaminhado e caracterização da vítima (sexo, idade, uso de álcool e desfecho do atendimento) totalizando 17.533 ocorrências. Foram excluídos os atendimentos que não se classificaram como causas externas. Foram realizadas estatística descritiva, tendência e teste de associação do qui-quadrado. Adotou-se nível de significância de 5% (p-valor ≤0,001).Resultados: A maioria das vítimas era do sexo masculino, com maior prevalência na faixa etária de 30 a 59 anos. Houve diminuição do óbito no local de 41,7% após a regionalização. Observou-se aumento de atendimento de causas externas nas ambulâncias de Suporte Básico de Vida no ano de 2015 em relação a 2010 (47%), além de diminuição de aproximadamente 50% do número de atendimentos do Suporte Avançado de Vida. O número de atendimento conjunto das duas ambulâncias aumentou aproximadamente 390%.Conclusão: A regionalização apresentou impacto importante na qualidade dos atendimentos prestados à população, resultando na diminuição da mortalidade no local da ocorrência.

Condutas multiprofissional em atendimento de urgência e emergência em unidades de pronto atendimento (UPA) e no serviço de atendimento móvel de urgência (SAMU)

“…Entre 2010 a 2012 foram notificadas 3.740 ocorrências; já no segundo período analisado entre 2013 a 2015, foram registrados 4.516 casos, e de 2016 a 2018, 9.277 ocorrências (Souza et al, 2022).…”

Caracterização do atendimento pré-hospitalar às vítimas de agravos por causas externas

“…As vítimas de lesões decorrentes das CE sofrem com deficiências temporárias ou permanentes, acarretando perda da capacidade laborativa e comprometendo a qualidade de vida. Além disso, impacta a economia, tendo em vista que sobrecarrega os serviços de saúde e previdenciário, além de suscitar sofrimento individual e coletivo (SANTOS GM et al É válido enfatizar o crescimento da demanda dos atendimentos realizados pelo SAMU 192, impulsionado por fatores contribuintes como: a política de austeridade e as crises econômicas, com alto índice de desemprego, bem como o aumento do número de acidentes de trânsito, da violência urbana e rural (SILVA JS, et al, 2020;SOUZA MP, et al, 2022). Assim, frente ao exposto e a relevância do tema, a pesquisa teve como objetivo: caracterizar o atendimento pré-hospitalar às vítimas de agravos por causas externas.…”

Implementação Do Serviço De Atendimento Móvel De Urgência (Samu): Desafios Da Integração, Da Regionalização E Da Qualificação Do Serviço

“…O atendimento das equipes de Suporte Básico de Vida e Suporte Avançado de Vida aumentou, demonstrando que o SAMU, com mais cooperação, equipamentos e ambulâncias apropriados e melhor capacitação técnica, também colaborou para a redução da mortalidade no local. O crescimento dos atendimentos por causas externas nas faixas etárias de menores de 7 e maiores de 60 anos indica que os gestores devem atentar para essa população e elaborar estratégias para impedir que esses números sigam crescendo(Souza et al, 2022).SegundoMaciel et al (2021), a análise dos fatores relacionados à organização do trabalho, às relações socioprofissionais e às condições de trabalho revelou um cenário crítico, que indica um alto risco de adoecimento entre os profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Os autores concluem que esses profissionais estão expostos a um risco potencial de danos à saúde ocupacional e recomendam medidas para melhorar a organização do trabalho, as condições laborais e as relações socioprofissionais.Como observado porMarques et al (2021), há uma necessidade urgente de melhorar a gestão dos serviços de atendimento móvel, bem como fortalecer o papel dos comitês na negociação de soluções para as barreiras operacionais.…”