Introdução: O vírus SARS-CoV-2 através da proteína spike que se encontra em sua superfície, tem a capacidade de se ligar ao receptor da enzima conversora de angiotensina-2 (ECA-2) humana e propiciar o desenvolvimento da doença. Objetivo: analisar as severidades dos marcadores cardiovasculares (troponina), tromboembólicos (Dímero-D) e inflamatórios (PCR) em pacientes com COVID-19. Metodologia: Foi realizada uma revisão narrativa, avaliando quali e quantitativamente os artigos no período de 2020 e 2021, analisando os marcadores supracitados e sua relação com a boa evolução e óbito. Resultados e discussão: Em pacientes com COVID-19 foi identificado a presença de tromboembolismo venoso, justificado por um estado de hipercoagulabilidade e alterações hematológicas, demonstrando elevados níveis de dímero D, esse que pode estar elevado nessas condições devido a ativação simultânea de fibrinólise. A inflamação do miocárdio na doença é consistente e pode ser ocasionada por alguns mecanismos patogênicos, como tempestade de citocinas, lesão direta, dentre outros. A manifestação clínica predominante da COVID-19 é a pneumonia viral podendo causar inúmeros distúrbios cardiovasculares como lesão miocárdica, arritmias, síndrome coronariana aguda e tromboembolismo, além de um estado inflamatório agudo instalado evidenciado pela observação de biomarcadores inflamatórios. Conclusão: Assim, conclui-se que há correlação positiva com a severidade inflamatória, cardiovascular e distúrbios tromboembólicos com o desfecho favorável ou desfavorável da patologia.