A Telemedicina experimentou um crescimento exponencial durante a pandemia da COVID-19, emergindo como uma alternativa essencial na atenção primária de saúde em resposta à crise sanitária global. Objetivo: avaliar o uso da telemedicina como alternativa às visitas físicas na prestação de cuidados durante a pandemia de COVID-19. Método: trata-se de um estudo analítico, de abordagem qualitativa desenvolvido junto a oito profissionais enfermeiros que atuaram no telemonitoramento de individuos em isolamento domiciliar durante a pandemia no estado do Acre. Resultados: foi evidenciado que os profissionais enfrentaram desafios no uso da telemedicina, tais como limitações tecnológicas e a resistência dos individuos em relação a esse formato de atendimento. Entretanto, eles também perceberam uma série de benefícios, que incluíam o acesso contínuo e a segurança no atendimento no momento vigente. As dificuldades no telemonitoramento estavam relacionadas à dificuldade de acesso à tecnologia, limitações na coleta de dados e à resistência dos pacientes. Por outro lado, os desafios surgiram em decorrência da aceitação dessa modalidade e da disseminação de informações imprecisas. Os benefícios observados abrangiram o acesso contínuo aos cuidados de saúde, o fortalecimento dos laços entre pacientes e o profissional, a redução de deslocamentos e o aprimoramento das habilidades da equipe de saúde. Conclusão: os profissionais consideraram o telemonitoramento uma modalidade de atendimento muito útil e necessária, que desempenhou um papel fundamental durante a pandemia, apesar dos desafios enfrentados. A telemedicina foi considerada uma ferramenta promissora na atenção primária de saúde.