No presente artigo, verificou-se a deformação permanente de um solo argiloso de comportamento laterítico empregado em subleito, comparando resultados de diferentes metodologias. Por ser um material sujeito a grandes deformações quando submetido a elevadas tensões, a caracterização quanto a plasticidade é pertinente, justificando a necessidade de uma investigação de suas propriedades plásticas. No Brasil, essa avaliação segue um protocolo extenso, envolvendo diversas amostras e condições distintas de tensões. Entretanto, outros países já utilizam ensaios em multiestágios como forma de avaliar a deformação permanente. Diante do exposto, neste artigo é apresentado um comparativo do protocolo estágio único frente a dois protocolos multiestágios adaptado a duas diferentes condições de aplicações de ciclos de cargas, sendo a primeira delas realizadas para seis distintos pares de tensões variando as tensões confinante e desvio, e a segunda com a tensão confinante fixada e variando apenas a tensão de desvio. Pode-se concluir que as deformações permanentes acumuladas crescem à medida que as tensões aplicadas aumentam e que elas apresentam uma tendência ao acomodamento, resultado fortemente alinhado com o identificado pela metodologia dita tradicional. A utilização da metodologia multiestágios é promissora para uma caracterização prévia do material, possibilitando identificar tendência de comportamentos para diversos parâmetros com um menor tempo de ensaio e uma menor quantidade de material, podendo vir a ser utilizada como critério de escolha entre jazidas. Ainda, são necessários mais estudos de forma a validar o protocolo para um conjunto maior de materiais.