Formação, saúde mental e trabalho: um patrimônio e uma estratégia

Abstract

Este artigo propõe-se a tratar da formação no campo da Saúde do Trabalhador, com foco nas relações entre Saúde Mental e Trabalho, buscando colaborar para o desenvolvimento da orientação clínica do trabalho. Considera-se a pertinência de um processo de formação continuada que opere efetivamente de acordo com o patrimônio da Psicologia da Atividade de Trabalho e da démarche ergológica, envolvendo diferentes tipos de atores e organizações, a partir de questões que emergem das situações de trabalho. Apresenta-se uma estratégia empreendida, privilegiando as contribuições da abordagem Psicodinâmica do Trabalho (PdT), uma vez que se trata de uma referência incontornável para a análise das relações entre o trabalho, os processos de subjetivação e a saúde mental.

Vamos escrever sobre o que a gente faz ? As vivências coletivas de cuidar da saúde mental dos trabalhadores em uma instituição pública federal durante a pandemia da covid-19

“…A normatividade, este movimento de criação, é fundamental, portanto, para a saúde dos trabalhadores. Vale ressaltar que estes movimentos, do trabalhar e da simultânea busca por saúde, envolvem grande mobilização subjetiva, de modo que o sofrimento psíquico pode caminhar em diferentes direções, seja do sofrimento/adoecimento, seja o da saúde/ criatividade, como aponta o arcabouço teórico da PdT (Souza, Brito, & Athayde, 2018).…”

The challenges of production of mental health care: from the multiprofessional relations dialogue

“…4 Hence, when considering the interrelation in the work environment of health services, the literature5 states that the mental health work process consists of objective and subjective elements, whose transformation of biomedical practices, can only occur during the development of work, through the participation of actors in the act of caring and in reflecting on how such actions are affecting users of health services. 5 Commonly, the team's lack of perception about the daily practices of care activities of a biomedical nature, tend to make working relationships in mental health fragmented, even though these professionals are linked to community mental health services. 6 Given this framework, the study aimed to analyze the conformation of the multidisciplinary and interdisciplinary work process with an emphasis on decision making and the construction of interpersonal relationships for the development of mental health care, taking as a parameter the integration and alignment of actions.…”