“…A socialização organizacional é um fenômeno processual, de participação de um indivíduo em um grupo, fenômeno dinâmico e contínuo, que assume relevância para as organizações, uma vez que trata diversos aspectos fundamentais para sua sustentação interna (Carvalho, Borges, Vikan, & Hjemdal, 2011). Este fenômeno trata da redução de incertezas e da busca pela inserção assertiva dos funcionários ao trabalho, da manutenção da cultura organizacional ou foco nas metas a serem alcançadas, a depender da estratégia eleita pela organização para socializar seus novos membros, e de outros aspectos durante a vida laboral dos indivíduos (Cardozo, Araújo, & Mariani, 2017;Cardozo et al, 2018;Cooper-omas, Paterson, Stadler, & Saks, 2014;Woodrow & Guest, 2017) O comprometimento organizacional, um dos temas atualmente mais investigados no campo microorganizacional (Bastos, Maia, Rodrigues, Macambira, & Borges-Andrade, 2014), também é considerado um fenômeno de relevância para as organizações, ainda que estudos tenham apontado dificuldade de consenso acerca de sua estrutura (Paiva, Dutra, & Luz, 2015). Há autores, como Mowday, Steers e Porter (1979), que compreenderam o fenômeno como um construto unidimensional, isto é, um vínculo de natureza atitudinal-afetiva entre o trabalhador e a organização, em que o indivíduo desenvolve identificação com a organização de trabalho e seus objetivos.…”