O período que compreende a crise democrática brasileira dos últimos anos coincide com o período em que a representação evangélica alcançou seu auge. Enquanto a democracia estava sendo estrangulada por uma crise generalizada, uma política confessionalizada se fortaleceu. A hipótese aqui é que o elo de ligação dessa relação seja a própria crise de representação do período. Portanto, verificando o estado da arte, o objetivo deste trabalho é investigar os mecanismos causais dessa relação. Com o percurso feito, confirmou-se que há relação entre a crise de representação política, o esvaecimento da democracia liberal e a confessionalização da política. O novo ativismo político evangélico engendra uma visão de mundo conservadora e também “conservadorizante”, visa consolidar uma cultura política em que os valores religiosos devem invariavelmente balizar as preferências políticas dos votantes evangélicos e conduzir a atividade parlamentar dos representantes.