O artigo tem como ponto de partida o linchamento virtual na página do Facebook, de uma mulher de preso, vítima de feminicídio no interior de uma unidade prisional paulista em 2019, para analisar as críticas apresentadas pelos linchadores contra toda a categoria mulher de preso e as prestações de contas dessas mulheres a essas críticas. Para isso, procuro confrontar a identidade positivada da guerreira, coletivamente construída por essas mulheres, ao moralismo mobilizado nesse palco suplicial próprio para a exposição de culpas e de estigmas, em que suas identidades são colocadas à prova. Palavras-chave: mulher de preso, guerreira, linchamento virtual, palco suplicial, moralismoThe supplication stage of a warrioress: The stigma of being a prisoner's wife in a virtual lynching episode The article stems from a virtual lynching on the Facebook page of a prisoner's wife, victim of feminicide inside a prison unit in São Paulo in 2019, to analyze the critiques of the lynchers against the whole category of prisoners' wives and the accountability of these women to these critiques. To that end, I seek to confront the positivized identity of the warrioress, collectively constructed by these women, to the moralism mobilized by the lynchers, in this suplication stage proper for exposures of guilt and stigmas, in which their identities are put to the test.