1995
DOI: 10.1590/ts.v7i1/2.85134
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Michel Foucault e o nascimento da modernidade

Abstract: Michel Foucault e o nascimento da modernidade JOSÉ TERNES RESUMO: O artigo investiga a leitura de Michel Foucault a respeito da origem do pensamento moderno na virada do século XVIII para o século XIX. Essencialmente diferente do pensamento clássico, o moderno se enraiza na história, no condicionado, na finitude. Aí, novos objetos se tornam possíveis (vida, produção, linguagem), bem como uma nova filosofia (a crítica). E, do interior desse espaço epistêmico novo, uma figura ausente na tradição do pensamento oc… Show more

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“…Primeiramente, a arqueologia foucaultiana não trata " [...] de conhecimentos descritos no seu progresso em direção a uma objetividade na qual nossa ciência de hoje pudesse enfim se reconhecer" (FOUCAULT, 1966(FOUCAULT, /1992; antes de tudo, seria preciso "[...] renunciar ao conforto das verdades terminais", pois o momento atual figuraria mais como ponto de chegada do que juízo regulador da História. E, quanto ao "muito curioso" homem ao qual se reporta a psicologia, em particular, e as ciências humanas, em geral (FOUCAULT, 1965(FOUCAULT, /1999, Foucault demonstra as condições de possibilidade de um saber antropológico 6 , pelo menos de dois modos: em História da Loucura, por via de uma "história do Outro" (FOUCAULT, 1966(FOUCAULT, /1992, na qual, pelo viés de uma história do louco, acabou se efetuando, "[...] como que por si mesma" (FOUCAULT, 1961(FOUCAULT, /1999, "[...] a história daquilo que tornou possível o próprio aparecimento de uma psicologia" (FOUCAULT, 1972(FOUCAULT, /1995; já em As Palavras e as Coisas, empreende-se uma "história 5 Em outras palavras, já a partir de seu primeiro grande livro, História da Loucura, até As Palavras e as Coisas, para mencionar, grosso modo, as posições metodológicas e temáticas adquiridas por Foucault em seus escritos dos anos 60 (caso não se considerem escritos como La Recherche Scientifique et la Psychologie ou A Psicologia de 1850 a 1950). Os problemas de demarcação da obra de Michel Foucault permanecem ainda em aberto (cf., por exemplo, as posições de Deleuze (1988) e Beatrice Han (2002), que elaboram maneiras diversas de interpretar a relação de Foucault com sua obra e a própria dinâmica interna da obra).…”
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“…Primeiramente, a arqueologia foucaultiana não trata " [...] de conhecimentos descritos no seu progresso em direção a uma objetividade na qual nossa ciência de hoje pudesse enfim se reconhecer" (FOUCAULT, 1966(FOUCAULT, /1992; antes de tudo, seria preciso "[...] renunciar ao conforto das verdades terminais", pois o momento atual figuraria mais como ponto de chegada do que juízo regulador da História. E, quanto ao "muito curioso" homem ao qual se reporta a psicologia, em particular, e as ciências humanas, em geral (FOUCAULT, 1965(FOUCAULT, /1999, Foucault demonstra as condições de possibilidade de um saber antropológico 6 , pelo menos de dois modos: em História da Loucura, por via de uma "história do Outro" (FOUCAULT, 1966(FOUCAULT, /1992, na qual, pelo viés de uma história do louco, acabou se efetuando, "[...] como que por si mesma" (FOUCAULT, 1961(FOUCAULT, /1999, "[...] a história daquilo que tornou possível o próprio aparecimento de uma psicologia" (FOUCAULT, 1972(FOUCAULT, /1995; já em As Palavras e as Coisas, empreende-se uma "história 5 Em outras palavras, já a partir de seu primeiro grande livro, História da Loucura, até As Palavras e as Coisas, para mencionar, grosso modo, as posições metodológicas e temáticas adquiridas por Foucault em seus escritos dos anos 60 (caso não se considerem escritos como La Recherche Scientifique et la Psychologie ou A Psicologia de 1850 a 1950). Os problemas de demarcação da obra de Michel Foucault permanecem ainda em aberto (cf., por exemplo, as posições de Deleuze (1988) e Beatrice Han (2002), que elaboram maneiras diversas de interpretar a relação de Foucault com sua obra e a própria dinâmica interna da obra).…”
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“…Tal problema concerne à incapacidade de as formas que objetivam a loucura atingirem uma "[...] figura total, que finalmente chegaria, por esse caminho, à sua [da loucura] verdade positiva" (FOUCAULT, 1972(FOUCAULT, /1995FRAYZE-PEREIRA, 1985). Essas formas (a psicologia, entre elas) não podem "[...] demonstrar as condições de surgimento" (FOUCAULT, 1962(FOUCAULT, /1984) do fato patológico.…”
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