Avaliação de modelos preditivos de conforto térmico em escritórios no clima subtropical brasileiro

Abstract

Resumo O objetivo deste trabalho é comparar as respostas subjetivas de usuários de escritórios localizados no clima subtropical brasileiro, ao longo das quatro estações climáticas, com os modelos de conforto térmico (analítico e adaptativo) da ASHRAE 55 (2017). Estudos de campo sobre conforto térmico foram realizados em quatro edificações de escritórios em Florianópolis/SC durante dois anos. Uma das edificações operou com sistema de ar-condicionado central, enquanto as demais edificações operaram com ventilação híbrida (usuários controlaram o sistema de ar-condicionado e a operação de aberturas). Questionários de conforto térmico foram aplicados, ao mesmo tempo e no mesmo espaço, em que medições das variáveis ambientais (temperatura do ar, umidade relativa, temperatura radiante média e velocidade do ar) foram realizadas. Mais de 7.500 respostas dos usuários foram coletadas durante os estudos de campo, as quais foram comparadas com os modelos da ASHRAE 55. O modelo analítico superestimou as sensações de frio e de calor dos usuários e também não estimou adequadamente a porcentagem de insatisfeitos em todas as estações climáticas e edificações. Durante a operação da ventilação natural, os usuários das edificações com ventilação híbrida se adaptaram às variações térmicas internas de acordo com o modelo de conforto térmico adaptativo.

Investigação do conforto térmico no semiárido brasileiro

“…Pessoas que vivem ou trabalham em edifícios ventilados naturalmente possuem uma maior capacidade de adaptação às variações de temperatura interna de acordo com as temperaturas externas, resultando em uma maior aceitabilidade do ambiente térmico [10]. O modelo adaptativo aborda a relação entre a temperatura de conforto interna e a temperatura do ar externo em ambientes ventilados naturalmente [10]. Dessa forma, o uso do modelo adaptativo é adequado a edificações ventiladas naturalmente.…”