Habitação de Interesse Social rural na região metropolitana de Maringá, PR: avaliação pós-ocupação

Abstract

Resumo Este artigo apresenta um estudo do projeto arquitetônico da unidade de habitação do programa Vila Rural (VR), implantado no estado do Paraná entre os anos de 1995 e 2002. O método utilizado foi a avaliação pós-ocupação (APO), e teve como instrumentos: walkthrough, entrevistas, questionário e medições físicas, por meio dos quais foi possível obter informações que dizem respeito à real apropriação que as famílias de moradores rurais fizeram de suas unidades com o passar do tempo, sendo observadas alterações significativas feitas em suas residências. A maioria dos moradores alteraram suas unidades de forma a quase não mais ser possível a identificação do projeto inicial. Os resultados apontam quais ambientes sofreram alterações, como a planta evoluiu em área e a técnica construtiva empregada nessas reformas. A metragem quadrada por morador obteve um grande acréscimo de seu valor. Assim, é possível afirmar que o projeto arquitetônico original e o programa habitacional não atenderam as reais necessidades dos usuários ao não considerarem seu modo de vida e as especificidades da moradia rural.

More space, please: spatial adaptations (modifications) and their impact on the habitability of Social Houses

“…In another Brazilian study, the following modifications were identified: Another point is that there exists a significant number of SH with inadequate adaptations, with particular damage to the habitability of the building (LARCHER, 2005), as well as loss in the functionality of the spaces (LUDOVICO; BRANDÃO, 2018). In some cases, the house is changed so much that it becomes impossible to identify the original project (BRANDÃO, 2011;IMAI, 2013;MOREIRA;SILVA, 2017).…”

No desconforto do lar

“…Em busca de satisfação, o usuário personifica o ambiente construído através de adaptações e intervenções, essas muitas vezes são soluções que conduzem não só à disfuncionalidade dos espaços como também à falta de eficiência [13]. Ao longo do uso, as unidades habitacionais passam a ser alteradas de forma a quase não mais ser possível a identificação do projeto inicial, com acréscimo de área [14] e grandes áreas demolidas e reestruturadas [15]. Para isso, a customização em massa poderia ser adotada a custos semelhantes aos itens produzidos em massa, porém atenderia às necessidades individuais das famílias [16].…”