O presente artigo tem como objetivo central, debater de maneira conceitual sobre a possível existência de um modelo ideal de gestão de desastres conforme a literatura acadêmico-científica. A justificativa para a escolha do tema paira sobre sua contemporaneidade, além da expectativa de contribuir para o âmbito acadêmico. O método de pesquisa empreendido é de revisão sistemática da bibliografia, fazendo uso das bases de dados Scielo e LILACS para a consulta de publicações. Dentre os principais achados, foi possível concluir que a gestão de desastres é uma das principais formas de controle desses eventos – sejam naturais ou provocados. Além do fato de que a manutenção de um modelo de gestão de riscos e crises para esses eventos, gera menos custos e consequências ambientais e sociais do que tomar ações corretivas e emergenciais. Todavia, para além de a literatura acadêmico-científica não apontar um único modelo padrão de ideal para gestão de desastres – fazendo uso de diversos tipos de modelos e ferramentas – nota-se que o mais preocupante é a falta de cultura preventiva que persiste no Brasil. Sendo assim, antes de definir um modelo sistemático de identificação, mensuração e controle dos riscos de desastres, é necessário fomentar a cultura prevencionista de maneira sólida tanto entre a população quanto junto aos poderes públicos brasileiros.