Do estruturalismo ao culturalismo: a filosofia das formas simbólicas de Ernest Cassirer

Abstract

Resumo Ao investigar as origens neokantianas do estruturalismo e do culturalismo, este artigo analisa o desenvolvimento do pensamento de Cassirer, seguindo sua trajetória intelectual do conhecimento à cultura e da cultura à práxis. Este artigo está dividido em duas partes. Na primeira, o autor apresenta uma análise da concepção relacional do conhecimento de Cassirer. Na segunda, a crítica do conhecimento é suplantada por uma crítica da cultura. O autor analisa a filosofia antropológica das formas simbólicas e a compara criticamente com a teoria vitalista da cultura de Simmel. O artigo termina com a reivindicação por uma sociologia prática inspirada pelo retorno de Cassirer à filosofia prática de Kant.

The Philosophy of Symbolic Forms: Outlines and Epistemological Perspectives

“…Mas embora Cassirer tenha se apoiado na fenomenologia hegeliana, não a toma por completo, criticando a supressão da autonomia das Formas Simbólicas e divergindo de Hegel quanto ao seu absoluto, o que lhe possibilitou estabelecer uma dialética mais ampla para a dinâmica das Formas além de redirecionar a metafísica hegeliana à um sentido epistemológico (Gil Filho, 2020;Vandenberghe, 2018).…”

Considerações sobre a natureza do (espaço) urbano

“…O mesmo raciocínio deve ser utilizado para o urbano e o rural. Essa abordagem teóricometodológica (BERNARDES, 2014;SILVA, 1978;VANDENBERGHE, 2018) refuta a abordagem hegeliana de conceito (MAGEE, 2010), uma vez que o conceito decorre de um processo de simbolização ). Se estamos vivendo o fim do urbano, após milênios, apenas o tempo dirá.…”