Compreensão sobre o adoecimento e o tratamento quimioterápico de crianças com câncer

Abstract

Este estudo de abordagem qualitativa investigou como crianças com câncer compreendiam a doença e o tratamento. Quinze crianças com câncer, de 6 a 12 anos de idade, em tratamento quimioterápico ou finalizado há menos de cinco meses, foram entrevistadas sobre sua vivência em relação ao câncer e à quimioterapia. Para análise das entrevistas foi utilizado o método preconizado por Bardin. Identificou-se que as crianças conheciam seu diagnóstico e tinham percepção de sua gravidade. A quimioterapia foi associada à possibilidade de cura, mas crianças mais novas não compreendiam como um procedimento que gerava piora e mal-estar era a esperança de cura. Crianças mais velhas, com leucemia, relataram insegurança quanto à eficácia do tratamento. Ouvir as crianças fortaleceu a necessidade de envolvê-las nos procedimentos a fim de melhorar sua qualidade de vida.

Apoio da rede social sob a ótica dos pais de crianças em quimioterapia

“…O apoio da rede social é uma medida protetiva no contexto da manutenção da saúde e nas ações de fortalecimento para enfrentamento de situações adversas, especialmente terapias contínuas, como a quimioterapia (Perosa;Padovani;Lopes, 2023). As diversas formas de apoio são intercambiadas pelos membros da rede e da constituição dos laços estabelecidos a partir do convívio, troca de afeto e construção de relacionamentos sociais (Sanicola, 2015;Perosa;Padovani;Lopes, 2023).…”

“…Existem diversas maneiras pelas quais as pessoas se ajudam, e o apoio social diz respeito ao auxílio recebido de outra pessoa em momentos de crise ou não, visto que essas famílias encontram apoio nas redes sociais que, usualmente, são compostas pelos vizinhos, amigos e muitas vezes, também pelos integrantes da própria instituição de combate ao câncer, que além de poder contribuir com a ajuda financeira, oferecem os itens para alimentação e cuidados medicamentosos (Perosa;Padovani;Lopes, 2023). O apoio instrumental refere-se à assistência recebida de terceiros sendo ela prática e direta na realização de atividades concretas ou resolução de problemas (Sousa;Fracolli;Zoboli, 2016).…”