“…Os números da loucura em documentos: recenseamento de 1872 e mapas demonstrativos do Asilo de Alienados São Vicente de Paula determinando a criação do primeiro hospício brasileiro. O estabelecimento definia-se como público e como obra de "beneficência" em consonância com a ideia de filantropia e assistência aos pobres, pertinente ao projeto de Estado Nação oitocentista (COE, 2013;MORAES et al, 2017;SANGLARD;LOPES, 2018). É significativo observar o fato de o primeiro hospício para loucos receber o nome do próprio imperador, o que, indiscutivelmente, indica uma homenagem e sugere que, para os contemporâneos, havia expectativas de que a instituição promoveria benefícios aos ditos insanos, vistos como sujeitos inaptos para o trabalho e, em muitos casos, como degenerados que obstaculizavam o progresso civilizatório nacional (LOBO, 2008).…”