Os anos de 2020 e 2021 trouxeram transformações significativas em nossas vidas. Novos hábitos foram inseridos no cotidiano a partir da necessidade de isolamento social e a forma como encaramos a morte também foi radicalmente afetada. O artigo procura refletir sobre o papel fundamental do historiador no registro da pandemia a partir da apresentação de quatro trabalhos produzidos ao longo deste período que diretamente relacionaram o arquivo, a memória e a pandemia por Covid-19. O debate gira em torno da possibilidade de reflexão sobre o “dever de memória” e produção de documentos que poderão, no futuro, informar sobre, inclusive, como o Brasil chegou ao patamar de mais de meio milhão de mortes pela doença em tão pouco tempo.