A alteridade constitutiva em aulas de inglês como língua-cultura estrangeira: a perspectiva do princípio dialógico bakhtiniano

Abstract

The main purpose of this paper is to discuss how dialogicity which is present in the development of Brazilian students of English and their Irish teacher"s discourse practices influences their subjectivities" constitution and expression in the classroom context. Based on some elements that make up the Bakhtinian dialogical principle we notice that the other"s presence throughout the interactions with this study"s participants represents the fundamental factor to reveal their viewpoints as well as to rebuild them before their interlocutors, which can guarantee significant moments for the appropriation of English as a foreign language-culture. KEYWORDS: Interaction; Dialogism; Alterity; Subjectivity; English as a foreign language-culture RESUMO A proposta central deste trabalho é discutir como a dialogicidade existente nas práticas discursivas desenvolvidas por alunos brasileiros de inglês e seu professor irlandês First considerationsThe fact that the Bakhtinian thought has been considered as the basis for a number of studies on the foreign language teaching-learning dialectics is not something new, as we can read, for instance, in Hall et al. (2005), , ), Figueredo (2007. This interest towards the theories developed by Bakhtin and the Circle, especially the conception about language as a social phenomenon, which is essentially maintained by verbal interactions and their historical and ideological elements, is simply the recognition that our understanding of the foreign language classroom has been extended by the dialogical perspectives that lead the discursive practices, their implications and contributions to the appropriation process of a foreign language-culture.This way, the central aim of this article is to present one piece of discussion that belongs to a more comprehensive study about the dialogicity that permeates the interactions and discursive practices of seven 1 Brazilian learners of English and their Irish teacher. 2Concerning these interactions, they took place throughout the course Oral/ Written Communication in English offered by a private university in Goiânia,Goiás.This paper also intends to discuss how the essentially dialogical discursive practices between the participants" language-culture (L1-C1) and the foreign language-culture (L2-C2), which is English for the Brazilian learners, can influence their subjectivities. Besides that, we aim at discussing the effects the other can have on the participants" identity constitution by virtue of the relevant interactional and dialogical opportunities they go through when using the foreign language (FL).1. It is worth mentioning that the excerpt chosen to be discussed in this paper presents four students (Morgana, Sofia, Renata e Ana) and the teacher Jack. The participants" names are pseudonyms which have been chosen by them. 2. Although the teacher participant of this study comes from Ireland, he has been in Brazil for almost 40 years. Besides speaking Brazilian Portuguese very well, he has got a great deal of knowledge on Brazilian culture....

Por uma educação linguística ética-responsável: reflexões sobre práticas discursivas em uma sala de aula de língua inglesa

“…Isso faz com que o sujeito, ao enunciar, possua uma posição avaliativa em relação ao que será enunciado; tudo aquilo que é falado vem de um lugar socialmente e historicamente situado e representa visões de mundo ideologicamente impregnadas, nunca neutras. Nesse sentido, o interlocutor não ocupa uma posição passiva na produção de enunciados (FIGUEREDO, 2012;MOLON;VIANA, 2012).…”

“…Para lidar com essa fluidez contínua no mundo contemporâneo, tão destacada por pesquisadores da Linguística Aplicada (FABRÍCIO, 2006;FIGUEREDO, 2012;MOITA LOPES, 2006a), acreditamos que uma educação ética-responsável deve se comprometer com a constante (re)formulação de práticas discursivas, de forma que não seja negada às identidades marginalizadas a fluidez presente no mundo globalizado. Moita Lopes (2006b, p. 87) critica a ótica ocidentalista na produção de conhecimento por estar preocupada "com quem é o sujeito inscrito nela", excluindo, assim, aqueles inscritos na margem da sociedade por apresentarem diferenças que não se enquadram no padrão modernista-ocidentalista de sujeito.…”

“…Em outras palavras, para Bakhtin (2004), a concepção de discurso ampara-se no uso concreto da língua por sujeitos sócio-histórica e culturalmente situados, e, portanto, concretos, os quais se inserem em práticas enunciativas ou práticas discursivas determinadas, acima de tudo, pelo contexto e pelas relações sociais com outros interlocutores. Sustentado, pois, por uma visão sociointeracionista de língua(gem), Bakhtin (2004) acrescenta que tais práticas discursivas são constituídas por uma essência dialógica responsável pelo encontro dos enunciados no plano do sentido, por meio do qual diferentes vozes sociais se materializam, sendo capazes de se relacionar tanto com discursos retrospectivos quanto com discursos prospectivos (FIGUEREDO, 2012).…”