2008
DOI: 10.1590/s1984-92302008000200004
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Instrumentalização do desenvolvimento: teorias, conceitos e indicadores

Abstract: RESUMOo reconhecer o grau de complexidade que envolve o tema Desenvolvimento, pretende-se, inicialmente, apresentar aspectos relativos às interpretações dominantes do conceito, procurando agrupá-los segundo a similitude de suas abordagens, para, em seguida, levantar questões que envolvem a instrumentalização desses conceitos e suas formas de mensuração. Essa análise pretende oferecer novos insights aos interessados no tema, evidenciando como o referencial teórico conceitual determina a arquitetura e a construç… Show more

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“…A partir da década de 1960, no entanto, emergem uma série de críticas a noção de linearidade do desenvolvimento, pautadas na ideia de que a evolução da sociedade é complexa, não-linear e de difícil mensuração (FRANK, 2008;SEERS, 1971;SOARES JÚNIOR;QUINTELLA, 2008). As objeções recaiam principalmente ao uso do crescimento do PIB como sinônimo de desenvolvimento, alegando que esse indicador negligenciava fatores relevantes para o bem-estar social, tais como: a qualidade e o valor simbólico dos produtos, a produção voltada para o autoconsumo, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o uso racional dos recursos naturais, os impactos ecológicos das atividades produtivas, a existência de limites socioambientais, a equidade de gênero, e o respeito à liberdade e aos direitos humanos (CAVALCANTI, 2010;GEORGESCU-ROEGEN, 1979;SATRUSTEGUI, 2013;SEN, 2000;SHIVA, 1988).…”
Section: Do "Desenvolvimento" Ao "Desenvolvimento Sustentável"unclassified
“…A partir da década de 1960, no entanto, emergem uma série de críticas a noção de linearidade do desenvolvimento, pautadas na ideia de que a evolução da sociedade é complexa, não-linear e de difícil mensuração (FRANK, 2008;SEERS, 1971;SOARES JÚNIOR;QUINTELLA, 2008). As objeções recaiam principalmente ao uso do crescimento do PIB como sinônimo de desenvolvimento, alegando que esse indicador negligenciava fatores relevantes para o bem-estar social, tais como: a qualidade e o valor simbólico dos produtos, a produção voltada para o autoconsumo, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o uso racional dos recursos naturais, os impactos ecológicos das atividades produtivas, a existência de limites socioambientais, a equidade de gênero, e o respeito à liberdade e aos direitos humanos (CAVALCANTI, 2010;GEORGESCU-ROEGEN, 1979;SATRUSTEGUI, 2013;SEN, 2000;SHIVA, 1988).…”
Section: Do "Desenvolvimento" Ao "Desenvolvimento Sustentável"unclassified
“…Porém, a viabilização do mesmo se dá apenas pela elevação do grau de instrução populacionalfator dependente diretamente de ações públicase da participação ativa da sociedade. Por outro lado, Filgueiras et al (2008) instituem a promoção do bem-estar coletivo, da qualidade de vida e da equidade social (SOARES JUNIOR;QUINTELLA, 2008). Já Muls (2008) explica que todo desenvolvimento é local, pois, apesar de estabelecer determinadas zonas e padrões de influênciaaté mesmo internacionaisa intensidade da ação de implantação dessas medidas será sempre distinta entre as várias regiões de análise.…”
Section: Desenvolvimento Localunclassified
“…A partir do século XX, o termo "desenvolvimento" originou três escolas de pensamento: neoclássica, pós-desenvolvimentista e sustentável (SATRUSTEGUI, 2013;SOARES JR.;QUINTELLA, 2008). A escola neoclássica conceitua o desenvolvimento como sinônimo de crescimento econômico, baseada na teoria dos "benefícios mútuos", para a qual o aumento da produtividade global provoca uma melhoria no bemestar dos países (MANKIW, 2009).…”
Section: Desenvolvimento Desastres E Produto Interno Brutounclassified
“…A escola pós-desenvolvimentista se origina de um conjunto de críticas ao uso do PIB como indicador do desenvolvimento, considera que o conceito de desenvolvimento é complexo e não linear, e, portanto, impossível de ser mensurado por qualquer indicador (SOARES JR.;QUINTELLA, 2008). Alguns teóricos consideram que o crescimento do PIB acentua as desigualdades e a segregação socioespacial, aumentando a vulnerabilidade aos desastres naturais (MATTEDI;BUTZKE, 2001).…”
Section: Desenvolvimento Desastres E Produto Interno Brutounclassified