2010
DOI: 10.1590/s1984-63982010000400007
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Ensino Tradicional de Gramática ou Prática de Análise Linguística: uma questão de (con)tradição nas aulas de português

Abstract: Na presente pesquisa investigamos como os professores de português do Ensino Fundamental II estão lidando com o embate entre a tradição escolar gramatical e as novas propostas de ensino que visam desbancá-la, ao desenvolverem aquilo que os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa chamam de Eixo da Reflexão e Análise Sobre a Língua. Do ponto de vista teórico, nos apoiamos nos pressupostos da Linguística Aplicada de base interacionista e, do ponto de vista metodológico, na abordagem qualitativa. No… Show more

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“…O que se percebe, portanto, em muitas práticas de ensino de gramática, as práticas metalinguísticas, observadas por meio de atividades prescritivas com foco gramatical ou explicativas, o qual o aluno é visto não como um usuário da língua capaz de reconhecer as nuances do sistema linguístico, mas como um simples guardião das regras gramaticais e da nomenclatura, e que respondem uma série de exercícios que não vão além da análise de uma frases simples e retirada do texto que foi utilizado como pretexto para trabalho de gramática (Ribeiro, 2001). Nesse tipo de ensino, o tradicional, o professor, por sua vez, se posiciona como agente policiador do conhecimento e da norma culta padrão da língua, normalmente ministrando aulas expositivas de caráter teórico (Silva, 2011apud Dresch, 2010. Deste ponto de vista, as avaliações de aprendizagem do ensino tradicionalista visam medir a capacidade dos alunos em identificar categorias de análise que respeitem o uso da metalinguística e não vão muito além da gramática.…”
Section: O Ensino Tradicionalistaunclassified
“…O que se percebe, portanto, em muitas práticas de ensino de gramática, as práticas metalinguísticas, observadas por meio de atividades prescritivas com foco gramatical ou explicativas, o qual o aluno é visto não como um usuário da língua capaz de reconhecer as nuances do sistema linguístico, mas como um simples guardião das regras gramaticais e da nomenclatura, e que respondem uma série de exercícios que não vão além da análise de uma frases simples e retirada do texto que foi utilizado como pretexto para trabalho de gramática (Ribeiro, 2001). Nesse tipo de ensino, o tradicional, o professor, por sua vez, se posiciona como agente policiador do conhecimento e da norma culta padrão da língua, normalmente ministrando aulas expositivas de caráter teórico (Silva, 2011apud Dresch, 2010. Deste ponto de vista, as avaliações de aprendizagem do ensino tradicionalista visam medir a capacidade dos alunos em identificar categorias de análise que respeitem o uso da metalinguística e não vão muito além da gramática.…”
Section: O Ensino Tradicionalistaunclassified
“…O que se percebe, portanto, em muitas práticas de ensino de gramática, as práticas metalinguísticas, observadas por meio de atividades prescritivas com foco gramatical ou explicativas, o qual o aluno é visto não como um usuário da língua capaz de reconhecer as nuances do sistema linguístico, mas como um simples guardião das regras gramaticais e da nomenclatura, e que respondem uma série de exercícios que não vão além da análise de uma frases simples e retirada do texto que foi utilizado como pretexto para trabalho de gramática (Ribeiro, 2001). Nesse tipo de ensino, o tradicional, o professor, por sua vez, se posiciona como agente policiador do conhecimento e da norma culta padrão da língua, normalmente ministrando aulas expositivas de caráter teórico (Silva, 2011apud Dresch, 2010. Deste ponto de vista, as avaliações de aprendizagem do ensino tradicionalista visam medir a capacidade dos alunos em identificar categorias de análise que respeitem o uso da metalinguística e não vão muito além da gramática.…”
Section: O Ensino Tradicionalistaunclassified
“…Este resultado pode ser explicado pelo que atesta Silva (2010) em um artigo a respeito das relações e tensões entre o ensino tradicional de gramática e a prática de análise linguística. Os dados da pesquisa da autora revelaram, entre outras coisas, que os conteúdos selecionados pelos professores observados funcionaram não só como objeto de ensino-aprendizagem, mas como definidores do quadro teórico-metodológico assumido; assim, conforme o conteúdo, o trabalho docente se aproximava de um modelo de ensino mais tradicional ou mais inovador, ou, ainda, determinou uma combinação de métodos e procedimentos.…”
Section: Ro2unclassified