Linguagem e memória no construir de futuros professores de inglês

Abstract

Centramo-nos em uma pesquisa com graduandos de Letras, com o propósito de entender suas concepções sobre ensino-aprendizagem e linguagem para posterior ação educativa na Universidade. Implicada nesse objetivo prático, está a discussão do papel da linguagem (Vygotsky, 1994; Smolka, 2000; Rossetti-Ferreira; Amorim; Silva, 2004), narrativa (Bruner, 2002) e memória (Middleton; Brown, 2005) na constituição da identidade profissional (Vieira, 1999) de futuros professores de inglês. A análise lingüística dos dados é realizada com o apoio instrumental de princípios da Lingüística Sistêmico-Funcional (Martin; Rose, 2003).

Intercâmbio: uma experiência única para a vida

“…Como destacado por Romero (2008), faz-se importante retomar o papel da colaboração para aprender com o outro que a representação dos atores sociais nos aponta.…”

Narrativas autobiográficas e sua presença em periódicos A1

“…Considerando essa perspectiva de formação, pesquisas como as de Nóvoa (1988;1992), Almeida e Gimenez (2010), Romero (2008;2010) (1992, p. 16), não é "um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto.…”

“…Além disso, em concordância com Souza (2013) e Romero (2008), as auto-narrativas dão voz aos professores. Por meio delas, há um engajamento do (futuro) professor em seu próprio processo formativo, visto que há uma ligação direta entre as narrativas e a própria realidade vivenciada.…”

“…Ao tomar conhecimento dessas e de outras pesquisas, podemos notar, conforme pontuado antes por Romero (2008), Abrahão (2003, que o método autobiográfico não ocorre de maneira "livre", há a necessidade em terem-se critérios, objetivos ao rememorar e escrever as narrativas, e é por meio desse planejamento do que rememorar e como tratar e discutir o narrado, que conseguimos refletir criticamente. Em outras palavras, a reflexão crítica, que ocorre nesse caso, por meio de narrativas autobiográficas, é uma reflexão dirigida, não ocorre de maneira natural, ou seja, a reflexão é uma ação que se volta a um objetivo e então, o sujeito rememora, compreende, reflete e age sob a realidade.…”

Narrativas e reflexão epistêmica

“…Inicialmente, meu intuito era basicamente identificar nas narrativas influências de pessoas e indícios de teorias de ensino-aprendizagem e de linguagem que permeavam a história dos professores com quem trabalhei (Liberali;Romero 2003, por exemplo). Frequentemente (Romero 2008;Romero 2016), busco o apoio do instrumental linguístico oferecido pela Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), conforme discutida, entre outros, por Halliday e Matthiessem (2004), Martin e Rose (2005), Martin e White (2005) e Fuzer e Cabral (2014) para me aprofundar nos significados construídos na e por meio da linguagem. Os recursos gramaticais disponibilizados pela LSF, que se calcam no princípio de que as escolhas lexicais e gramaticais feitas pelo falante ou escritor desvelam suas visões de mundo e projeções de papéis sociais, têm me auxiliado a respaldar as interpretações dos dados gerados pelas autobiografias.…”