A família como sustentação no cotidiano de mulheres multíparas

Abstract

This was an exploratory descriptive study with a qualitative approach that aimed to understand the perception of multiparous women about family and their strategies to manage their everyday lives in an inland city of the state of Paraná. Data were collected through semi-structured interviews with 15 women with four or more children who have sought the basic health unit in June/2012. Data were analyzed using Bardin's content analysis. The following categories were identified: Family connection to last a lifetime; a new member in the family, again, and family life and the strategies to manage everyday life. It was possible to identify the importance of family in the lives of these women as the primary source of support and care. Moreover, the multiparous women in this study accepted the various responsibilities assigned to them by family and society, considering motherhood natural.Descriptors: Family relations. Perception. Women's health services. RESUMO Tratou-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa, que objetivou conhecer a percepção de mulheres multíparas sobre família e suas estratégias utilizadas na condução do cotidiano familiar em um município do interior

Variáveis associadas à ansiedade gestacional em primigestas e multigestas

“…Como em outras pesquisas (Borges, Santos, Nascimento, Chofakian, & Gomes-Sponholz, 2016;Conceição & Fernandes, 2015) houve um elevado número de gestantes que relatou não ter desejado a gravidez (41%), especialmente as multigestas, sugerindo que, apesar de constar em lei a garantia de planejamento familiar como uma responsabilidade do Estado, com o objetivo de proporcionar condições para que homens e mulheres possam ter acesso a informações sobre os meios contraceptivos (Prates, Abib, & Oliveira, 2008), ela pode não estar ocorrendo de forma efetiva. Para alguns autores, isso se deve à limitação e deficiência na infraestrutura da assistência, a pouca informação das mulheres sobre contracepção ou à resistência do cônjuge pela procura dos serviços de planejamento familiar (Caetano, 2014;Penaforte et al, 2010;Pitilin et al, 2013). As multigestas eram mais velhas do que as primigestas.…”

“…Se a possibilidade de perda da criança apareceu como fator de risco, desejar o fi lho se associou a menor chance de primigestas e multigestas apresentarem sintomas de alta ansiedade (traço e estado). Para Pitilin et al (2013), na grande maioria das vezes, mesmo se não há planejamento da gravidez e as mulheres acreditam ter engravidado em um momento errado, à angustia e ansiedade inicial, advêm sentimentos de resignação, adaptação e, no decorrer da gestação, elas passam a desejar o bebê. Em alguns estudos, mulheres que não planejaram a gravidez por dificuldades fi nanceiras e conjugais têm a crença de que o bebê vem para renovar o relacionamento familiar, inclusive o conjugal, e o desejo pelo fi lho passa a ser uma experiência satisfatória, até mesmo salvadora, elevando sua autoestima e protegendo-as de problemas emocionais (Moura et al, 2010;Prietsch, González-Chica, Cesar, & Mendoza-Sassi, 2011;Simas et al, 2013).…”

Variables Associated with Gestational Anxiety in Primigravidas and Multigravidas

“…This suggests that, despite the law guaranteeing family planning as a State responsibility, the aim of providing conditions for men and women to access information about contraception (Prates, Abib & Oliveira, 2008) may not be occurring effectively. For some authors, this is due to the limitation and defi ciency in the care infrastructure, the lack of information regarding contraception among women or the resistance of the spouse to seek family planning services (Caetano, 2014;Penaforte et al, 2010;Pitilin et al, 2013). The multigravidas were older than the primigravidas.…”

“…As 42.2% of the multigravidas had more than three children, the arrival of one more child, especially for the low-income multigravidas, may have led to a new reconfi guration of the family system, with more responsibilities and possible losses in their perspective for the future, fi nancial diffi culties and reduced quality of life, generating uncertainties and anxiety (Borges, Ferreira, Mariutti, & Almeida, 2011;Prates et al, 2008;Simas et al, 2013). In the study by Pitilin et al (2013), with multiparas of four or more children, SUS users, it was observed that economic vulnerability was not limited to income deprivation, but also interfered with the possibility of obtaining quality work with adequate remuneration, with access to public services and with the dynamics of family life.…”

Os serviços de saúde sob a ótica da adolescente grávida: uma revisão integrativa da literatura

“…A família necessita ser sujeito de uma atenção qualificada devendo constituir o eixo integrador das ações desenvolvidas pelas equipes. 27 Desse modo, essa estratégia pode contribuir para a criação de um vínculo e a abertura de diálogos entre os membros da família para que se possa compartilhar angustias, dúvidas, curiosidades e anseios em relação à sexualidade, atividades sexuais e métodos contraceptivos, por exemplo. Uma relação familiar não harmoniosa, atribuída à dificuldade de comunicação/expressão, pode interferir posteriormente na continuidade da assistência a gestante adolescente durante a evolução da gravidez.…”