RESUMOA incontinência urinária é defi nida pela International Continence Society como uma queixa de qualquer perda involuntária de urina. Este estudo objetivou estimar a prevalência de incontinência urinária; identifi car os fatores de risco associados à sua ocorrência, bem como traçar os perfi s sociodemográfi co e clínico de mulheres atendidas no Ambulatório de Ginecologia de uma Unidade Básica de Saúde de Teresina, no Piauí. Foi um estudo exploratório-descritivo, transversal, com abordagem quantitativa. Participaram da investigação 306 mulheres entre 20 e 83 anos. Utilizou-se como instrumento de investigação um formulário estruturado composto por dados sociodemográfi cos e clínicos. Uma análise estatística descritiva foi realizada a partir da distribuição de frequência e dos percentuais das variáveis, empregando-se as medidas de tendência central e dispersão e o teste do χ 2 com nível de signifi cância de 5% para verifi car as possíveis associações entre os quesitos estabelecidos nos objetivos específi cos da pesquisa. A prevalência de incontinência urinária foi de 40,8%. A maioria dos participantes apresentou incontinência urinária de estresse (60,0%), seguida da urgeincontinência (28,2%) e da incontinência urinária mista (12,1%). Houve predominância de mulheres de cor parda (64,8%), com afecções neurológicas (72,2%), das diabéticas (63,6%) e hipertensas (58,1%), daquelas submetidas às cirurgias pélvicas e abdominais (66,7%), das obesas (52,2%) e das tabagistas (72,2%). O estudo possibilitou conhecer a situação da incontinência urinária em mulheres assistidas na Atenção Básica, evidenciando resultados semelhantes aos existentes na literatura, contribuindo com informações relevantes e originais sobre a incontinência urinária, podendo despertar nos profi ssionais e gestores de saúde pública a necessidade de maior atenção para essa clientela, no sentido de prevenção e melhoria da qualidade de vida.DESCRITORES: Incontinência urinária. Mulheres. Fatores de risco.
ABSTRACTThe International Continence Society defi nes urinary incontinence as a complaint of any involuntary loss of urine. This study aimed at estimating the prevalence of urinary incontinence; identifying risk factors associated with its occurrence, as well as tracing the sociodemographic and clinical profi le of women attending the Gynecology Outpatient Clinic of a Basic Health Unit in Teresina, Piauí, Brazil. This was a cross-sectional, exploratory and descriptive study, with a quantitative approach. The study included 306 women aged between 20 and 83 years old. A structured form composed ARTIGO ORIGINAL