RESUMO O modelo de gestão praticado nas Reservas Extrativistas se apresentou de forma inovadora por contemplar a participação da população tradicional. Neste trabalho, foram averiguados os problemas da participação dos usuários no processo de gestão da Reserva Extrativista Marinha de Maracanã, Estado do Pará. Foi utilizada uma abordagem qualitativa com a realização de entrevistas semiestruturadas e a observação, além de uma breve revisão de literatura sobre a temática. A gestão daquela área de uso comum acontece por meio da cogestão entre AUREMAR, Conselho Deliberativo e ICMBio. Essas organizações contam com instrumentos que orientam no monitoramento do uso dos recursos naturais. Os usuários participam da construção dessas ferramentas de gestão através de reuniões com técnicos do ICMBio diretamente nas comunidades onde vivem. Como resultado verificou-se que a participação dos usuários ocorre de forma tímida e sua relação com o poder público ainda acontece predominantemente de forma receptadora e o principal espaço coletivo para tomadas de decisões está se apresentando apenas como palco para confirmação das imposições do Estado sobre a população tradicional usuária da Unidade de Conservação. PALAVRAS-CHAVE: Gestão. Participação. Unidade de Conservação.