A violência contra a criança é caracterizada pela presença de abusos de cunho físico, sexual, emocional e psicológico, que podem afetar seu desenvolvimento. Dito isto, este artigo tem por objetivo discorrer, em específico, sobre a violência sexual contra o infante, contemplando desde aspectos relacionados aos agressores, até às consequências implicadas às vítimas, colocando em evidência, desta forma, os fatores que interferem em seu processo de maturação. Por fim, discute sobre questões relacionadas à proteção das vítimas e ao tratamento destas, a fim de evitar a piora dos traumas impressos. Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, para o qual foram feitas pesquisas em artigos, livros e cartilhas que abrangessem o assunto delimitado. Identificamos como resultados que em meio a tantos prejuízos, frutos de eventos estressantes e de natureza ameaçadora, vale ressaltar que a criança vítima de abuso sexual, com ou sem penetração, tem seu processo de maturação e organização cerebral ameaçados. Identificou-se a carência de novos estudos, pesquisas e bibliografias de modo geral que trabalhem o tema, além de poucos métodos de divulgação preventiva. Concluímos, ao final do estudo, que o abuso sexual contra a criança geralmente poderá inscrever na vítima diversas marcas, muitas vezes em decorrência da violência física e psicológica associadas ao evento, uma vez que o sujeito que sofre o abuso, ainda não está preparado - do ponto de vista físico, emocional e psicológico - para o ato sexual.