“…Ou seja, a divulgação da análise crítica da normatividade branca realizada pelos "teóricos da resistência" ajuda a retomar críticas formuladas por Rosemberg (1979a). É nos anos 2000 que as críticas à "normatividade branca" têm novo impacto na bibliografia internacional e passam a ser integradas em alguns estudos no Brasil, em que são utilizadas para análise de discursos midiáticos (Silva & Rosemberg, 2008;Santos, 2011), publicitários (Silva et al, 2012), de livros didáticos (Rosemberg et al, 2003;Silva, 2006;Nascimento, 2010;Silva et al, 2012) e da literatura infantil (Araujo, 2012;Silva, 2014). Tais estudos e a adoção da crítica à normatividade branca eram episódicos nos anos 1990, passaram a ser mais frequentes nos anos 2000 e têm se multiplicado, um tanto fomentados pela maior entrada de sujeitos negros na pós--graduação e na pesquisa social, os quais, trazendo as marcas de sua formação de vida e do peso do racismo em suas trajetórias, elegeram problemas de pesquisa que focam a normatividade branca como forma de estabelecer hierarquia racial.…”