Introdução: O trabalho objetiva avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes operados por adenoma hepático e os fatores de influência nas diferentes apresentações clínicas.
Métodos:Estudo transversal descritivo com 21 pacientes operados por adenoma hepático. Dados de prontuário e laudos anatomopatológicos foram revisados a fim de estudar a relação entre perfil dos pacientes, apresentação clínica e características do tumor.
Resultados:Sexo feminino foi predominante na amostra. A idade média dos pacientes foi de 32 anos e o IMC médio 25,9. Uso de anticoncepcional oral foi relatado em 93% dos casos, sendo 13 anos o tempo médio de uso. A presença de comorbidades teve associação com adenomas de maior tamanho, e diabetes mellitus foi doença mais frequente associada a este tumor. Houve associação clínica entre tamanho do adenoma e sintomatologia: pacientes com sinais e sintomas mais pronunciados apresentaram lesões de tamanho médio superior em comparação aos pacientes com sintomas inespecíficos ou ausentes.Conclusão: Os fatores já conhecidos associados ao Adenoma Hepático envolvem o sexo feminino, uso de contraceptivo oral de longa data, doenças do armazenamento do glicogênio, uso de anabolizantes e, menos comumente, gestação e diabetes mellitus. Neste trabalho evidenciamos o diabetes mellitus como a comorbidade mais frequente entre os pacientes com diagnóstico de Adenoma Hepático, relacionandose a adenomas de maior tamanho na amostra deste estudo, o que sugere possível associação do diabetes mellitus na gênese dos adenomas hepáticos e também no prognóstico, visto que lesões maiores representam risco aumentado de complicações.