Fatores associados ao óbito por tuberculose na zona leste da cidade de São Paulo, 2001

Abstract

Objective: To identify factors associated with death from TB, evaluating TB cases reported for 2001 in the city of São Paulo (specifically in the neighborhoods of Cidade Tiradentes, Guaianazes, Itaquera and São Mateus) and comparing those evolving to death with those evolving to cure. Methods: We investigated all deaths in which TB was given as the principal cause (n = 48), analyzing medical charts and conducting home visits to interview the caregiver(s). In parallel, we investigated 96 TB cases in which the patient had been discharged after a cure had been achieved. Patients with HIV were excluded from both groups. Results: There were no differences between the two groups in terms of the clinical form of tuberculosis, laboratory test confirmation of the diagnosis and type of treatment. Death from TB was found to be associated, in a statistically significant manner, with being male, being over 50 years of age, having had less than 3 years of schooling, suffering from alcoholism and being unemployed. The logistic regression showed that the variables presenting the strongest associations with death from TB were suffering from alcoholism and being over 50, whereas being a new treatment and being employed were found to be protective. The combination of suffering from alcoholism, being unemployed and being over 50 increased the chance of evolving to death by 25 times (95% CI: 6.43-97.20). Conclusion: Ongoing education of health professionals, prompt epidemiological interventions and efficient patient referral systems could improve the indices related to this disease.

Alcoholism and other socio-demographic risk factors for adverse TB-drug reactions and unsuccessful tuberculosis treatment – data from ten years’ observation at the Regional Centre of Pulmonology, Bydgoszcz, Poland

“…Alcoholism has also been found to be a strong predictor for death from TB [31]. In Brazil, alcoholism has consistently been described as a risk factor for death due to TB, together with mental illness and unemployment [32,33]. In Queensland, Australia, no association between alcohol abuse or homelessness and TB death was found [34]; likewise, no association between alcohol use and TB death was found in south India [35].…”

Análise espacial dos determinantes sociais e o risco de mortes por tuberculose: da aplicação da estatística de varredura à abordagem Bayesiana em uma metrópole do Centro Oeste brasileiro

“…Um fato que deve ser considerado em relação à maior taxa de mortalidade entre os homens é que esta população apresenta maior incidência de TB, o que consequentemente os coloca em uma condição de maior vulnerabilidade a morte pela doença (CAMARGOS; COSTA, 2011). Outro fator importante é que comumente os homens demonstram menor cuidado com sua saúde, menor frequência aos serviços de saúde e adesão ao tratamento(PELAQUIN et al, 2007).Mas, além de fatores epidemiológicos, deve-se destacar que os fatores biológicos devem ser considerados para o controle da TB. Características ligadas ao comportamento e a mecanismos fisiológicos, principalmente no que se refere às diferenças na resposta imune e a modulação de hormônios sexuais, podem estar relacionados com maior predisposição dos homens a TB (NHAMOYEBONDE; LESLIE, 2014).A maior mortalidade em indivíduos com mais de 60 anos corrobora com outros estudos(YEN et al, 2017, PELAQUIN et al, 2007.…”

“…Outro fator importante é que comumente os homens demonstram menor cuidado com sua saúde, menor frequência aos serviços de saúde e adesão ao tratamento(PELAQUIN et al, 2007).Mas, além de fatores epidemiológicos, deve-se destacar que os fatores biológicos devem ser considerados para o controle da TB. Características ligadas ao comportamento e a mecanismos fisiológicos, principalmente no que se refere às diferenças na resposta imune e a modulação de hormônios sexuais, podem estar relacionados com maior predisposição dos homens a TB (NHAMOYEBONDE; LESLIE, 2014).A maior mortalidade em indivíduos com mais de 60 anos corrobora com outros estudos(YEN et al, 2017, PELAQUIN et al, 2007. A idade avançada tem sido relacionada negativamente às mortes, sendo que o estudo de Pelaquin, Silva e Ribeiro (2007) evidenciou inclusive que, quando o indivíduo com TB possui mais de 50 anos em associação com outras comorbidades, as chances de evolução para óbito aumentam 25 vezes.Além de possuir maior número de comorbidades, os idosos tendem a apresentarem maior fragilidade de suas condições de saúde, maior deficiência imunológica e também apresentam mais reações adversas e menor eficácia em relação ao tratamento (CANTALICE FILHO; BOIA; SANT'ANNA, 2007;CAVALCANTI et al, 2006).Em relação à escolaridade, os resultados apontaram taxas de mortalidade bem mais elevadas entre pessoas sem escolaridade ou com poucos anos de estudo.…”

“…A idade avançada tem sido relacionada negativamente às mortes, sendo que o estudo de Pelaquin, Silva e Ribeiro (2007) evidenciou inclusive que, quando o indivíduo com TB possui mais de 50 anos em associação com outras comorbidades, as chances de evolução para óbito aumentam 25 vezes.Além de possuir maior número de comorbidades, os idosos tendem a apresentarem maior fragilidade de suas condições de saúde, maior deficiência imunológica e também apresentam mais reações adversas e menor eficácia em relação ao tratamento (CANTALICE FILHO; BOIA; SANT'ANNA, 2007;CAVALCANTI et al, 2006).Em relação à escolaridade, os resultados apontaram taxas de mortalidade bem mais elevadas entre pessoas sem escolaridade ou com poucos anos de estudo. Outros estudos corroboram com esses achados, de que as mortes por TB são mais evidentes em pessoas que possuem 8 anos ou menos de estudo(ALBUQUERQUE et al, 2007;NÁJERA-ORTIZ et al, 2008;PELAQUIN et al, 2007). O nível educacional implica diretamente no autocuidado com a saúde, já que este pode tornar o indivíduo mais propenso a comportamentos de risco e No que refere às características clínico-operacionais observou-se que maior parte dos óbitos ocorreu em hospitais com assistência médica, o que corrobora com resultados de outros estudos(DA SILVA et al, 2017;LINDOSO et al, 2008).…”

Distribuição espacial e espaço-temporal da mortalidade por tuberculose e sua relação com marcadores de desenvolvimento social em Natal/RN

“…Além disso, segundoPelaquin, Silva, Ribeiro (2007), esse fato também indica a necessidade de investimentos contínuos em educação e vigilância no controle da TB no Acquired Immunodeficiency Syndrome (AIDS), como a TB, pois em muitos estudos, nos quais foram realizadas autópsias em pacientes com AIDS, a doença que mais colaborou com o óbito foi a TB(SOUSA et al, 2012). Desta forma, pode-se inferir que, se os exames não foram realizados na maioria dos casos do estudo, o número de mortes relacionadas à doença pode ser ainda mais expressivo do que o notificado.Em relação à distribuição espacial dos casos de óbito, pode-se observar, através das variadas técnicas utilizadas, que não houve uma distribuição homogênea, ou seja, não foram distribuídos por todo o munícipio equitativamente, comprovado pela existência de correlação espacial, através do cálculo do Índice Global de Moran das taxas de mortalidade.…”