2009
DOI: 10.1590/s1678-69712009000600002
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Introdução

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“…Parece haver, portanto, uma contradição irresolúvel em uma narrativa que se constrói em resposta a um discurso hegemônico, e que se apresenta como uma reconstrução memorialística, afirmando até mesmo, por exemplo, que "houve de facto uma ligeira diferença" (Jorge 2002: 217) nos eventos narrados por outro personagem, ao mesmo tempo que diz que não tem "mais autoridade para afirmar nada, porque as vozes se esbatem, à medida que o fim se aproxima devagar" (ibidem). Tal posição ambivalente pode ser vista também como relacionada ao que a autora Margarida Calafate Ribeiro (2007) destaca ao tratar da produção artística sobre as guerras coloniais: "a incomunicabilidade da experiência traumática da guerra" (Ribeiro 2007: 17) e a alternância entre posições que lidam com o trauma a partir do silêncio e a partir do testemunho. A escrita e reescrita dos testemunhos de guerra, portanto, encontram objetivos de "ficcionalizar/exorcizar essa experiência autobiográfica traumática" (ibidem), assim como de se afirmar contra o silêncio coletivo; porém, embatem-se sempre com a questão da impossibilidade de narrar a História e de comunicar o trauma, levando a uma infinita escrita e reescrita.…”
Section: Assim Sendo é Interessante Notar Que O Filme a Costa Dos Muunclassified
“…Parece haver, portanto, uma contradição irresolúvel em uma narrativa que se constrói em resposta a um discurso hegemônico, e que se apresenta como uma reconstrução memorialística, afirmando até mesmo, por exemplo, que "houve de facto uma ligeira diferença" (Jorge 2002: 217) nos eventos narrados por outro personagem, ao mesmo tempo que diz que não tem "mais autoridade para afirmar nada, porque as vozes se esbatem, à medida que o fim se aproxima devagar" (ibidem). Tal posição ambivalente pode ser vista também como relacionada ao que a autora Margarida Calafate Ribeiro (2007) destaca ao tratar da produção artística sobre as guerras coloniais: "a incomunicabilidade da experiência traumática da guerra" (Ribeiro 2007: 17) e a alternância entre posições que lidam com o trauma a partir do silêncio e a partir do testemunho. A escrita e reescrita dos testemunhos de guerra, portanto, encontram objetivos de "ficcionalizar/exorcizar essa experiência autobiográfica traumática" (ibidem), assim como de se afirmar contra o silêncio coletivo; porém, embatem-se sempre com a questão da impossibilidade de narrar a História e de comunicar o trauma, levando a uma infinita escrita e reescrita.…”
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