A doença de Alzheimer (DA) é considerada a causa mais comum de demência. É uma patologia neurodegenerativa crônica caracterizada pela presença de placas senis extracelulares compostas de agregados da proteína beta amiloide (Aβ), emaranhados neurofibrilares, neuroinflamação e morte neuronal em regiões cerebrais envolvidas com aprendizagem e memória.Considerando que a sinalização purinérgica pode modular processos relacionados à patogênese e à progressão da DA, este capítulo tem como foco demonstrar os principais achados relacionados as alterações nas enzimas purinérgicas (NTPDase, 5´-nucleotidase e adenosina desaminase), bem como em receptores para nucleotídeos (P2X e P2Y) e adenosina (A1, A2A, A2B, A3) em estudos pré-clínicos e clínicos relacionados com a DA.A partir dos dados descritos na literatura, entende-se que a modulação terapêutica de componentes envolvidos com a sinalização purinérgica pode ser uma estratégia promissora capaz de influenciar na progressão desta doença neurodegenerativa.