Planejamento e controle dos custos da qualidade: uma investigação da prática empresarial

Abstract

RESUMOEste artigo tem como objetivo proceder a uma investigação da prática empresarial sobre o planejamento e controle dos custos da qualidade. Nesse sentido, contribui por oportunizar uma discussão atual sobre os procedimentos adotados pelas empresas, tanto no contexto da edição da norma NBR ISO 9004:2000, por meio da qual se passou a ter, pela primeira vez, uma explícita manifestação legal a respeito, como daqueles procedimentos recomendados pela literatura. O estudo empírico contou com a participação de 53 empresas de médio e grande portes, certifi cadas e integrantes do cadastro da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade (FPNQ), sendo 32 nacionais e 21 estrangeiras. Para tanto, utilizou-se de questionário encaminhado ao responsável pela área de gestão da qualidade. O estudo conduziu à conclusão de que as empresas permanecem não dedicando ao planejamento e controle dos custos da qualidade a mesma atenção que dedicam à formalização do processo com vistas a obter a certifi cação do sistema de gestão da qualidade. Constatou-se a continuidade de baixa aplicação de procedimentos direcionados à classifi cação e mensuração dos custos da qualidade, inclusive na elaboração de relatórios gerenciais específi cos e nas atividades de orçamento e medição do retorno dos investimentos em qualidade. Também fi cou evidenciado que a baixa utilização é mais acentuada nas empresas nacionais.Palavras-chave: Gestão do sistema da qualidade; Custo da qualidade; Mensuração dos custos da qualidade. ABSTRACT The objective of this article is to investigate the companies' practices regarding planning and controlling of quality costs. The study discusses current procedures adopted by the corporations according to the edition of the NBR ISO

Management of quality-related costs. The case of Portuguese companies

“…Consideringthis information, and the similar conclusionsof Souza and Collaziol(2006), we can concludethat mostparticipating companieswere closer to theunderstanding ofDeming(1990)thanother authorswho have studiedthis subject.According toDeming,companies have noneed toquantify and controlthe QRC, which contradicts theadvocated, for example, by Juran andGryna(1991), Crosby(1994) andFeigenbaum(1994 Gryna(1991) andFeigenbaum(1994, it is important that the Portuguese companies with certified systems, not yetquantifyingtheirquality related costs percategory,they will make it, so they cancheckthe importance, distribution and temporal evolution of thedifferent sources ofcosts (SellésandCarbonell, 2002). Throughdetailed analysisof QRC, companies can obtain a set ofinformationthat allow them toundertake andintensify actionsto improvetheiroverall productivity, as indicated in theNP4239:1994 (IPQ, 1994).…”

“…Before itsfinal implementation, and according toLakatos andMarconi(1991), the questionnaire was subject toapre-test, applied to six respondentswith the desired profilefor the research, whose companieswere not part of thesample usedin the study. Regarding content, and considering the objectives of the survey, the questionnaire was based on studies of Crosby (1994), Feigenbaum (1994, Tatikonda and Tatikonda (1996) and Souza and Collaziol (2006).…”

Análise crítica das pesquisas sobre o tema custos da qualidade.

“…(2004), Weheba e Elshennawy (2004), Ball (2006), Souza e Collaziol (2006), Luz (2011), Campão et al (2012) e Riccio, Sakata e Segura (2014). Riccio, Sakata e Segura (2014), em um levantamento sobre as pesquisas de custos da qualidade no Brasil, constataram que estudos envolvendo esse tema iniciaram-se no ano de 1996.…”

“…Já, Souza e Collaziol (2006), em um estudo empírico realizado em empresas de médio e grande porte, concluíram que as empresas não dedicam ao planejamento e controle dos custos da qualidade a mesma atenção que dedicam à formalização do processo para obter a certificação do sistema de gestão da qualidade. Ainda, segundo os referidos autores, as empresas estrangeiras adotam com maior intensidade as práticas de mensuração e controle dos custos da qualidade do que as nacionais.…”

“…Souza, Collaziol (2006), Ross e Wegman (1990) ressaltam que a gestão da qualidade total passou a integrar as estratégias empresariais que objetivam atingir e assegurar uma vantagem competitiva sustentável. (PINTO, 2012).…”