Aleitamento materno: estudo comparativo sobre o conhecimento e o manejo dos profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Modelo Tradicional

Abstract

Resumo Objetivos: avaliar e comparar o conhecimento e a qualidade do manejo do aleitamento materno (AM) entre profissionais atuantes na Estratégia Saúde da Família (ESF) e nas unidades básicas de saúde com modelo tradicional, no Município de Rio Grande/RS, em 2012. Métodos: foi aplicado aos 269 profissionais um questionário para avaliar o conhecimento e o manejo do AM por meio de escores classificados como satisfatório, regular e insatisfatório. A comparação das proporções se realizou através do Teste Exato de Fisher e o Teste t de Student foi utilizado visando à comparação das médias. Desenvolveu-se também análise de mediação controlando o efeito do modelo de atenção para algumas variáveis. Resultados: somente 22 (8,2%) e 50 (18,6%) dos profissionais apresentaram desempenho satisfatório nos escores de conhecimento e manejo, respectivamente, tendo os trabalhadores da ESF melhores desempenhos, quando comparados aos profissionais do modelo tradicional, sendo essa diferença significativa (p<0,05), exceto para os auxiliares e técnicos de enfermagem no escore de manejo (p=0,05). Conclusões: o desempenho dos profissionais mostrou-se aquém do esperado para quem lida diretamente com a amamentação, fato mais evidente no modelo tradicional. Dessa forma, comprova-se a necessidade de capacitação dos profissionais objetivando-se promover efetivamente o sucesso do AM.

Duração Do Aleitamento Materno E Sua Associação Com Características Maternas E Orientações Sobre Incentivo À Amamentação Recebidas No Pré-Natal Em Unidades Básicas De Saúde Da Família De Um Município Do Nordeste Brasileiro

“…Considerando a capacidade de contribuir com a promoção do aleitamento materno, ressalta-se a necessidade de as mães serem continuamente apoiadas após a alta hospitalar na Estratégia Saúde da Família (ESF), juntamente com a atuação efetiva dos ACS. 9,16,19 Estudos no Brasil 3,18,20,21 têm mostrado medianas de AMT divergentes, com valores superiores a 365 dias em algumas localidades 3,20 e inferiores em outras. 18,21 A diversidade observada no tempo de AMT sugere a importância do incentivo à realização de diagnósticos situacionais locais, no sentido de subsidiar o planejamento de intervenções apropriadas.…”

“…13 Apesar da redução das diferenças na prevalência de amamentação entre áreas urbanas e rurais no Brasil, 25 os dados do presente estudo mostraram, à semelhança de outro, 20 presente estudo confirmou que a adoção de orientações relacionadas à amamentação (sobre a importância de amamentar até os dois anos de idade ou mais e dos prejuízos do uso de chupeta ou bico) pode contribuir positivamente no tempo de aleitamento materno. Esses resultados convergem com os de outros estudos nacionais e internacionais, que identificaram associação positiva da amamentação com a adoção de práticas para sua promoção na rede básica de saúde, 8,9,13,[27][28][29] especialmente quando realizadas por profissionais capacitados, 8,9,30,31 reforçando os pressupostos que atestam a importância de investimentos nas mesmas. 26…”

“…8 A rede básica de saúde destaca-se por ser a principal responsável pela assistência antes e depois do parto, sendo indispensável na promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. 9 As informações e o suporte relacionados à amamentação oferecido às gestantes no decorrer do pré-natal ajudam a mulher na compreensão de todos os aspectos que envolve tal prática, fortalece a confiança e as capacidades maternas em amamentar e tem efeito positivo nos comportamentos das mulheres que amamentam. Essas intervenções podem ter implicações positivas sobre o início, a exclusividade e a duração do aleitamento materno.…”

“…Essas intervenções podem ter implicações positivas sobre o início, a exclusividade e a duração do aleitamento materno. [9][10][11] Com vistas à melhoria dos indicadores relacionados à amamentação e buscando explorar o nível primário de apoio a esta prática, municípios do estado do Rio de Janeiro adotaram, desde 4 DEMETRA, Rio de Janeiro, v.14 Supl.1:e43189, novembro-2019 | 1-14 1999, a iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação. Esta propõe a implantação de "Dez Passos para o Sucesso da Amamentação", trazendo resultados favoráveis para a prática do AME.…”

“…13 Considera-se que o manejo clínico adequado da amamentação por parte dos profissionais da saúde é fator importante e decisivo nas práticas de aleitamento materno. 3,9 Estudos desenvolvidos no Brasil com foco nos fatores relacionados à duração do AMT ainda são poucos, 5 especialmente considerando as condutas adotadas pelos profissionais da rede básica de saúde durante o prénatal. 14 O instrumento de coleta de dados constou de um questionário pré-codificado, com questões fechadas, contendo informações relacionadas à localização do domicílio (rural, urbana), idade materna (≥ 20 anos, 18 a 19 anos), situação conjugal materna (com companheiro, sem companheiro), paridade (1 filho, 2 ou mais filhos) e número de consultas no pré-natal (≥ 6, < 6).…”