Atividades de monitoria: uma possibilidade para o desenvolvimento da sala de aula

Abstract

This study aims at discussing how students become collaborative agents in the teaching-learning process, as well as describing the results obtained from the implementation of a school intervention project which involved monitoring activities in the classroom. The monitoring activities consist of forming groups of three to four students, with a monitor, so they can perform the classroom tasks provided by the teachers. This study is based on Cultural Historical Activity Theory, and applies some central concepts of Vygotsky's work, such as the Zone of Proximal Development (ZPD). Such a concept is essential for understanding the emergence of collaborative agency. Methodologically, this study is based on the Critical Collaborative Research (CCR), which enables all stakeholders to participate actively in the development of activities. We draw our data from classroom recordings and from a questionnaire responded by the students. We analyze the data using conversational and interactional analysis. Our results suggest that when students are also co-authors of a school intervention process, they have a potential for developing collaborative agency, so they can apply the concepts and rules developed during the implementation phase of the research to other activities outside the initial research aim.

Avaliação da Efetividade das Atividades de Monitoria no Componente Curricular de Introdução à Programação

“…Sabe-se que a interação entre estudantesé fundamental ao processo de ensino e aprendizagem, pois permite que troquem experiências e recebam suporte para superar dificuldades que isoladamente não seriam capazes ou teriam grande dificuldade [Nunes 2007]. Percebe-se que, como discutido no conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal de Lev Vygotsky, a interação socialé uma base de aprendizagem para muitos estudante que necessitam de apoio para realizar certas atividades, e as atividades de monitoria apresentam essa característica [Cunha Júnior 2017].…”

Percepção do Ensino-Aprendizagem da Monitoria de Algoritmos e Programação em Cursos de Engenharia na Perspectiva de Estudantes, Monitores e Professores

“…A monitoria evolui de um processo cooperativo, em que individualmente os envolvidos desempenhavam suas atividades com foco em um produto final, para um processo colaborativo, no qual os envolvidos desenvolvem um processo síncrono de aprendizagem, focado na troca de experiências (Cunha Júnior, 2017). Para Lourenço & Machado (2017), a aprendizagem colaborativa apresenta vantagens sociais porque ajuda a desenvolver um sistema de apoio social para alunos e a entender a diversidade entre as pessoas em interação.…”

“…Promover uma aprendizagem colaborativa envolve tornar o aprendente o agente do processo de aprendizagem, possibilitando que este reflita criticamente sobre as atividades em todas as suas fases. Isso significa dar autonomia e responsabilidade para a construção e a reconstrução das atividades, fazendo com que os aprendentes reconheçam seu poder de escolher o que ocorrerá em seguida (Cunha Júnior, 2017;Vasconcelos et al, 2003). Ainda segundo Cunha Júnior (2017), o processo de aprendizagem colaborativa se torna ainda mais eficaz quando o sujeito, ao se tornar agente, pode também contar com o apoio do seu colega.…”

“…Alguns dos monitores perceberam a importância do ensino no processo de aprendizagem, isto é, aprender ensinando. Todos esses aspectos de alguma forma estão relacionados com princípios defendidos pela aprendi- Figuerêdo et al RBIE v.29 -2021 zagem colaborativa e em pares, na medida em que põem os estudantes como os principais agentes do seu aprendizado, primando pela autonomia, responsabilidade e troca de experiência entre os envolvidos (Mazur, 1999;Cunha Júnior, 2017). De maneira particular, também corrobora com o saudoso Paulo Freire, quando ele afirma que "Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" (Freire, 2011).…”

“…Contudo, embora a monitoria seja uma realidade em grande parte das universidades brasileiras, e haja um consenso da sua importância como um instrumento no processo de ensino e aprendizagem, esta estratégia acadêmica ainda não é popular entre o meio discente (Cunha Júnior, 2017). Por conseguinte, muitas oportunidades de melhorias do programa em articulação com o ensino não são bem aproveitadas ou são pouco utilizadas (Amato & Reis, 2016).…”