Taxa metabólica de repouso de ciclistas estimada por equações e obtida por calorimetria indireta

Abstract

A taxa metabólica de repouso (TMR) pode ser determinada por calorimetria indireta (CI). Porém, em função da praticidade, na prática clínica na maioria das vezes esta é estimada por equações de predição, as quais foram desenvolvidas em estudos envolvendo indivíduos não atletas. Apesar de alguns autores terem indicado que tais equações não estimam adequadamente a TMR, estas têm sido bastante utilizadas para calculá-la e prescrever dietas, inclusive para atletas. O objetivo deste estudo foi comparar a TMR determinada por CI com a estimada pelas equações de Harris & Benedict (HB), Schofield, FAO/WHO/UNU e Henry & Rees (HR), em 15 homens ciclistas, de 24,4 ± 3,68 anos, apresentando índice de massa corporal de 21,97 ± 1,46kg/m² e VO2máx de 70,00 ± 5,32mL(kg.min)-1. Para comparar a TMR determinada por CI e pelas equações, utilizou-se o tratamento estatístico testes t de Student (variáveis com distribuição normal) e de Mann-Whitney (variáveis sem distribuição normal), considerando p < 0,05. Além disso, foi realizada correlação de Pearson entre TMR e massa livre de gordura (MLG). Verificou-se que a TMR foi subestimada em 23,5%, 16,7%, 16,8% e 16,9%, respectivamente, quando se utilizaram as equações de HR, FAO/WHO/UNU, Schofield e HB, em relação à TMR obtida por CI. A TMR se correlacionou com a MLG (r = 0,551, p = 0,03). Os resultados confirmam que as equações avaliadas não são adequadas para estimar a TMR em atletas. Tais resultados podem ser explicados pela maior quantidade de MLG apresentada por atletas e possivelmente maior resposta dos receptores β-adrenérgicos aos estímulos do sistema nervoso simpático, resultando em TMR mais alta que em indivíduos sedentários. Diante disso, desenvolveu-se uma equação com as variáveis MLG e idade para melhor estimativa da TMR de ciclistas. Recomenda-se, no entanto, que a equação desenvolvida seja validada em estudo envolvendo um número maior de ciclistas, para que esta seja utilizada na prática clínica.

Development and validation of novel equation for prediction of resting energy expenditure in active Saudi athletes

“…Others, such as Watson et al, [37] used FFM in combination with anthropometric measurements, while Frings-Meuthen et al [38] and Reale et al [39] used it in combination with the fat mass. Methods of FFM measurement were different in these equations, that is, Dual-energy X-ray absorptiometry in the Cunningham equation [11] and Hannon et al, [31] air displacement plethysmography was used in the 10 Haaf et al, [19] and O'Neil et al [35] while BIA (InBody 720) was used in Kim et al, [25] BIA (Tanita) was used in Cocate et al [30] These methods encounter considerable variability in the measurement of FFM. Our research team's previous report showed that even different brands using the same technique of body composition analysis may have different FFM results, For example, Tanita versus InBody.…”

“…This study included both genders and many sports, including group and individual games. The development of equations for a mixture of athletes playing different types of sports was seen in De Lorenzo et al, [ 17 ] 10 Haaf and Weijs, [ 19 ] Freire et al, [ 21 ] Jagim et al, [ 22 ] Frings-Meuthen et al, [ 38 ] and Reale et al [ 39 ] On the other hand, some equations were developed in 1 sport type or only 1 gender, such as (Cocate et al, [ 30 ] Hannon et al, [ 31 ] Joseph et al, [ 32 ] MacKenzie-Shalders et al, [ 33 ] Midorikawa et al, [ 34 ] O’Neil et al [ 35 ] ) creating a narrow limit for application in practice. The average TEE may differ in different sports based on the amount and duration of physical activity spent during the matches and the body mass of the player.…”

“…Many equations depend on the FFM in the prediction of RMR, starting from the Cunningham equation, [ 9 ] which re-analyzed the original sample used in the development of the HB1919. Besides, 10 Haaf et al, [ 19 ] Kim et al, [ 25 ] Cocate et al, [ 30 ] Hnnon et al, [ 31 ] O’Neil et al, [ 35 ] Taguchi et al, [ 36 ] and Tinsley et al [ 40 ] had used the only FFM in their equations. Others, such as Watson et al, [ 37 ] used FFM in combination with anthropometric measurements, while Frings-Meuthen et al [ 38 ] and Reale et al [ 39 ] used it in combination with the fat mass.…”

“…Some equations designed for nonathletes were also used, such as HB1919, Cunningham, and Henry and Rees. However, some published athletic equations were excluded, such as Cocate et al, [ 30 ] Hannon et al, [ 31 ] Joseph et al, [ 32 ] MacKenzie-Shalders et al, [ 33 ] Midorikawa et al, [ 34 ] O’Neil et al, [ 35 ] Taguchi et al, [ 36 ] and Watson et al [ 37 ] due to using 1 gender only or athletes from 1 sport type only. Fringes-Meuthen et al [ 38 ] were also excluded due to using master athletes ( > 45 years old), Reale et al [ 39 ] used adolescents ( < 18 years), and Tinsley et al [ 40 ] used a tiny sample size (27 athletes) making them eligible for exclusion.…”